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Com 55 cômodos, museu do Recôncavo se prepara para reabrir

Equipamento guarda uma rica herança do ciclo do açúcar, da escravidão e da cultura baiana

  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Tharsila Prates

Publicado em 21 de julho de 2025 às 19:33

Novo Museu do Recôncavo
Novo Museu do Recôncavo Crédito: Divulgação/ Diocese de Camaçari

Fechado há mais de 20 anos, o Museu do Recôncavo Wanderley Pinho, em Candeias, Região Metropolitana de Salvador (RMS), teve a sua reforma concluída e se prepara para reabrir as portas.

Localizado no antigo Engenho Freguesia, no distrito de Caboto, o casarão foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1944 e guarda uma rica herança do ciclo do açúcar, da escravidão e da cultura baiana.

Com mais de 200 peças históricas (das quais 133 foram restauradas), quatro pavimentos e 55 cômodos, o museu passou por um processo completo de restauração e revitalização, que incluiu investimentos de até R$ 27 milhões. A previsão inicial de entrega era em 2021. A assessoria do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) informou que o dia da reabertura será anunciado em breve.

Investimentos foram de até R$ 27 milhões por Divulgação

As intervenções no local foram conduzidas pela Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur) e pelo Ipac, com recursos do Prodetur Nacional Bahia, através de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Com a finalização das reformas anunciadas em 2019, a reabertura deve ocorrer com nova expografia, programação cultural e projetos que integram turismo, pesquisa e economia local.

O museu promete ser um novo polo de cultura, turismo náutico e educação histórica no Recôncavo. No passado, o Engenho da Freguesia foi um dos mais importantes e pertenceu a famílias que moldaram os caminhos da região. “O abandono do prédio [fechado há mais de 20 anos] reflete a decadência de um passado escravista e açucareiro”, afirmou o historiador Rafael Dantas, em reportagem publicada pelo CORREIO em 2021. A última moagem de cana do engenho ocorreu em 1900.

Ainda de acordo com Dantas, em 1624, o local foi atacado e incendiado pelos invasores holandeses. Depois de reerguido, o espaço passou a ser de posse de Antônio da Rocha Pita até ser comprado pelo Conde de Passé, no século XIX. A família Araújo Pinho foi a última proprietária do imóvel, que está sob responsabilidade do Ipac.