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Marco da industrialização, Polo Petroquímico de Camaçari completa 47 anos

A capacidade produtiva do Polo supera 12 milhões de toneladas anuais de produtos químicos e petroquímicos

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 26 de junho de 2025 às 13:43

Polo Petroquímico de Camaçari
Polo Petroquímico de Camaçari Crédito: Divulgação

Neste sábado (29), o Polo Industrial de Camaçari chega aos 47 anos de atividades. Primeiro grande complexo petroquímico integrado do Hemisfério Sul, ele marcou o processo de industrialização no Nordeste e se firmou como uma das engrenagens mais importantes da economia baiana. Atualmente, responde por cerca de 22% do PIB da indústria de transformação do estado e gera mais de R$ 3 bilhões por ano em ICMS para a Bahia.

O complexo, que começou a operar em 1978, reúne cerca de 90 empresas de diferentes ramos industriais, especialmente os ligados ao setor químico e petroquímico. Juntas, elas empregam diretamente cerca de 10 mil pessoas, e outras 30 mil de forma indireta, segundo dados do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic). A capacidade produtiva do Polo supera 12 milhões de toneladas anuais de produtos químicos e petroquímicos.

Um dos principais nomes dentro desse cenário é a Braskem. A empresa mantém oito unidades industriais no local, responsáveis por produzir 5 milhões de toneladas por ano, o equivalente a 42% da capacidade total do Polo. Além de empregar diretamente e indiretamente cerca de 5 mil pessoas na Bahia, a operação da empresa em Camaçari movimenta mais de R$ 57 bilhões na economia do estado e gera mais de R$ 3,5 bilhões em tributos, de acordo com estimativas baseadas na Matriz Insumo-Produto.

Quem acompanhou boa parte dessa trajetória de dentro da indústria foi Alípio Espinheira Júnior, atual coordenador de Integridade da Braskem no estado. Ele começou na empresa como estagiário, em 1983, e soma três décadas de experiência dentro do complexo. Para ele, a maior transformação vivida pelo Polo foi no avanço dos controles operacionais. “Antes, as informações sobre o funcionamento dos equipamentos vinham das pessoas em campo. Hoje temos sensores que registram, em tempo real, os dados dos principais equipamentos que vão para a Central de Gestão de Ativos, onde vários técnicos e engenheiros analisam as informações recebidas, combinando diferentes ferramentas, inclusive inteligência artificial, conseguindo predizer a situação dos aparelhos antes mesmo de uma possível falha acontecer”, explica. Segundo ele, isso aumenta a confiabilidade e reduz riscos de acidentes, já que boa parte do monitoramento pode ser feita remotamente.

Mesmo com o passar dos anos, Alípio acredita que o prestígio do Polo se mantém firme entre os jovens profissionais. “Na época em que eu estava na faculdade, a Copene era um estágio almejado, e vejo que ainda hoje existe esse orgulho em trabalhar no Polo”, diz. Ele afirma que o nível técnico dos trabalhadores do complexo continua chamando a atenção de empresas do setor.

As mudanças mais recentes no Polo passam pela digitalização dos processos e pelo foco em sustentabilidade. Desde 2023, a Braskem passou a aplicar inteligência artificial no monitoramento de seus equipamentos industriais na Bahia. Atualmente, 16% deles já funcionam com esse tipo de controle automatizado, o que tem contribuído para mais eficiência e competitividade nas operações.