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Mario Bitencourt
Publicado em 7 de janeiro de 2019 às 20:39
- Atualizado há 2 anos
O médium Antônio Miguel Rodrigues, 53, de Aparecida de Goiânia (GO), suspeito de dois homicídios e uma lesão corporal em pessoas que se submeteram a cirurgia espiritual realizada por ele na Bahia, se apresentou à polícia no último sábado (5) e alegou ser inocente.>
Ele se apresentou na Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) de Aparecida de Goiânia, onde, segundo a polícia, é suspeito de ter provocado outro homicídio em 2015, também durante uma cirurgia espiritual. Antônio foi ouvido e liberado no mesmo dia. Médium se apresentou na delegacia, foi ouvido e liberado (Foto: Divulgação) A Polícia Civil de Goiás não explicou por qual razão o homicídio ocorrido naquele ano só passou a ser investigado agora e nem deu detalhes da vítima. O caso, em Aparecida de Goiânia, está com a delegada Ana Scarpelli, não localizada pelo CORREIO.>
Na Bahia, os supostos crimes que recaem sobre o médium ocorreram em Barreiras, no Oeste do estado, onde Rodrigues realizou cirurgias espirituais em mais de 500 pessoas de diversos estados, em 10 de novembro de 2018.>
Depois dessas cirurgias, Vanderluce Soares dos Soares dos Santos, 42, e Arnaldo Domingos dos Passos, 78, morreram de infecção generalizada, contaminados por uma bactéria, e o aposentado Mário Joaci Pereira Rocha, 71, teve lesão corporal grave.>
O médium Antônio Miguel Rodrigues realizou os procedimentos numa chácara de uma vereadora de Barreiras que também está sendo investigada pela polícia e já foi ouvida. >
As cirurgias foram realizadas por R$ 850, sendo R$ 50 da consulta, R$ 200 da cirurgia e R$ 600 dos medicamentos manipulados e alimentos da dieta receitada pelo médium, que pertence ao Grupo Espírita Bezerra de Menezes, de Aparecida de Goiânia.>
Em Barreiras, ele vem realizando essas cirurgias espirituais todo mês, há mais de um ano. “Vamos ouvi-lo aqui em Barreiras, independente dele ter se apresentado em Goiás. O depoimento dele ainda será marcado”, disse o delegado Romero Cavalcanti, que estava de férias e assumiu o caso nesta segunda-feira (7).>