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Thais Borges
Publicado em 20 de setembro de 2025 às 05:00
Nos últimos anos, a entrada de um novo agente tem sido responsável por mudar o mercado de academias: os agregadores, como o Wellhub (GymPass) e TotalPass. Só a Wellhub já aumentou o número de parceiros - ou seja, os empreendimentos que aceitam o passe - em mais de 25% apenas em 2025. No ano passado, a marca cresceu pouco mais de 30% em todo o Brasil. >
Em Salvador, de acordo com a Wellhub, o passe já é aceito por redes como a Alpha Fitness, Hammer, Lion Fitness, Pure Pilates, Rede Fluir, Selfit e Well Up. De acordo com a marca, os parceiros locais usam a plataforma para fortalecer o reconhecimento de marca, otimizar espaços ociosos e atrair novos usuários que não estavam matriculados em academias. >
"Atualmente, registramos em média mais de 540 mil check-ins mensais em Salvador, impulsionando a receita incremental e consolidando o bem-estar corporativo como um pilar essencial para o crescimento dos nossos parceiros na capital baiana", disseram, através da assessoria. >
Com a planos que vão de R$ 35 a R$$ 699, os agregadores permitem que a pessoa frequente diferentes estabelecimentos com a assinatura. "Eles fizeram muita diferença na forma como você cobra e na forma como alunos podem usar. Tem academias que comemoram e outras que sofrem com isso, mas é algo que mudou o mercado. Os estúdios e as pequenas academias não têm muito poder de negociação", diz o diretor da Associação Brasileira de Academias (Acad) na Bahia, Rafael Coelho.>
"Quando você entra, é muito difícil sair. Se você tem 30, 40% de receita desse público, como sai? Para grandes academias e quem consegue grandes volumes, é bom. Mas a relação não é tão saudável como era antes". >
Proprietária da academia Start Fitness, Viviane Dantas aceita o Wellhub e conta que, no início, a adaptação foi complicada. "A renda dá uma caída considerável e, se você não aceitar, perde o aluno. Como está em expansão, muitas empresas fazem a efetivação. Se eu não aceitar na minha, meu vizinho vai aceitar", diz. >
Hoje, ela diz que conseguiu se organizar e ajustar a conta. "Você perde de um lado e ganha de outro (com mais alunos)", diz ela, que aderiu ao plano básico. Para tornar a mensalidade normal competitiva, Viviane tem mantido o preço há dois anos, sem aumento. "Mas não tem como segurar por muito tempo. Acredito que a gente consegue manter pelo menos até dezembro". >