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Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2022 às 06:45
- Atualizado há 2 anos
Uma operação policial cumpre dez mandados de prisão preventiva e dez de busca e apreensão no Conjunto Penal de Lauro de Freitas, no presídio federal de Mossoró (RN) e em endereços de monitores de ressocialização, nesta quinta-feira (1º). Batizada de La Rochelle e conduzida pelo Ministério Público estadual, a operação reprime entrada de drogas e celulares em estabelecimentos do sistema prisional com ação criminosa de monitores. Cinco monitores são alvos.>
As investigações começaram com a apreensão de um celular depois de revista na unidade prisional de Lauro de Freitas, em cela de convívio ligado à liderança de facção criminosa.>
Os mandados de busca e apreensão e de prisão foram expedidos pela Justiça em desfavor de internos custodiados em estabelecimentos penais baianos e na penitenciária de Mossoró, onde está preso um dos líderes da organização criminosa em questão, que não teve nome divulgado.>
Segundo o MP, o conteúdo extraído do celular apreendido indicou que o telefone era usado coletivamente pelos presos para práticas ilícitas como negociação de drogas e articulação para trazer drogas e celulares ao local, usando para isso os monitores de ressocialização. Com o esquema, eles conseguiam facilitar a comunicação das lideranças presas com os comandados e aumentar os ganhos financeiros com comércio de droga dentro e fora da cadeia.>
Para o Gaeco, “a operação realizada hoje enfraquece as facções criminosas, pois mina a capacidade de articulação de seus integrantes, rompendo o fluxo de informações que organiza os negócios ilícitos, além de servir como prevenção de novas corrupções de monitores pelas facções criminosas”.>
Os cinco monitores de ressocialização vão responder por crimes de tráfico de drogas e introdução de aparelhos celulares em unidades prisionais, enquanto os detentos também vão responder pelo crime de pertencimento à organização criminosa.>
A ação é realizada pelos grupos de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), Operacional de Segurança Pública (Geosp), Unidade de Monitoramento da Pena e da Medida de Segurança (Umep) e 6° Promotoria de Justiça de Lauro de Freitas, em conjunto com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que atua por meio da Coordenação de Monitoramento e Avaliação do Sistema Prisional e Inteligência Penitenciária. >
A operação contou ainda com o apoio do Grupo Especializado em Operações Penitenciárias da Seap, Sistema Penitenciário Federal, além da Polícia Civil do Estado da Bahia, por meio do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que auxiliaram no cumprimento dos mandados.>