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Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2009 às 10:52
- Atualizado há 2 anos
O grupo Nestlé vai investir até R$ 40 milhões para duplicar a produção da fábrica de Feira de Santana, na Bahia. A ampliação vai gerar 300 novos postos de trabalho, que, somados aos já existentes, chegarão a 750 empregos diretos. A maior empresa de alimentos do mundo espera concluir as obras de ampliação até 2011. >
O anúncio foi feito na sexta-feira (14), pelo presidente da Nestlé no Brasil, Ivan Zurita, durante evento de comemoração dos 80 anos da fábrica de chocolates Garoto, emVila Velha, no estado do Espírito Santo. >
A unidade de Feira de Santana foi construída, inicialmente, para produzir 40 mil toneladas de produtos por ano. Com a duplicação, a meta de Zurita é aumentar a produção para até 85 mil toneladas de alimentos por ano. “Os investimentos serão de acordo com a nossa ocupação. A gente sabe que Feira de Santana é um pouco o epicentro da região e a ocupação da fábrica vem se dando numa velocidade superior ao que estimávamos. Então,vamos continuar investindo lá”, assegurou Zurita. >
A fábrica baiana processa atualmente massas instantâneas, produtos lácteos, cereais e café solúvel. Pelo menos duas outras linhas de produção serão agregadas com o projeto de expansão: bebidas achocolatadas e iogurtes. >
De acordo com o presidente da Nestlé, os investimentos na Bahia não param por aí. A empresa vai ampliar também a capacidade de produção em Itabuna, na região sul, onde serão investidos entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões ao longo dos próximos dois anos. >
Ele revelou que já vem negociando com o governador Jaques Wagner e o secretário de Agricultura, Roberto Muniz, o aumento da produção e fornecimento de leite por produtores do estado para a fábrica. “Isso faz parte de um plano que estamos discutindo com o governador. Nossa intenção no município de Itabuna é concentrar cada vez mais na fabricação de leite em pó e no processamento de cacau”, acrescentou Zurita. >
Embora a unidade seja responsável pela produção de 20 mil toneladas de leite por ano, a bebida é toda comercializada no Sul do país. “ Nossos produtos vão para lá porque existe uma diferença na cobrança de impostos, que é de 7%. Não vale a pena vender dentro do estado. Já o que é produzido no Sul a gente vende no Nordeste. Esperamos que os governos solucionem os problemas fiscais porque somos absolutamente contra que a malha fiscal possa pesar no consumo de algum produto neste país”, desabafou o executivo. >
Enquanto muitos setores começam a respirar após os efeitos provocados pela crise econômica mundial, o grupo Nestlé praticamente não foi afetado e comemora um crescimento de 7% no primeiro semestre. >
A previsão da empresa é chegar ao final do ano com um faturamento de R$15 bilhões. “Não acho que é um momento de crise. É uma nova realidade, com novas variáveis de gestão, de trabalho e de produção”, analisa o executivo Ivan Zurita.>