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Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2019 às 22:02
- Atualizado há 2 anos
As chamas, que aparentemente estavam parcialmente controladas no Parque Municipal Natural da Serra das Almas, em Rio de Contas, na Chapada Diamantina, voltaram a surgir na terça-feira (5). A reignição do fogo ocorreu no mesmo dia que chegou ao local um reforço de 27 brigadistas de cidades da região, como Barra da Estiva, Ituaçu, Andaraí e Seabra. Nesta na quarta-feira completa oito dias do incêndio, que já consumiu 1.200 hectares de mata. Todo parque tem área de 4.375 hectares.>
“O trabalho dos bombeiros é muito intenso, porém, no exato momento, houve uma reignição na Serra das Almas. Não posso dizer que está controlado não”, informou a coordenadora de Meio Ambiente de Rio de Contas, Dilceléia Anjos Santos. Segundo ela, em 2007 houve um incêndio com maior proporção do que este, que já é considerado de média a grande proporção.>
Além do tamanho da área do parque atingida, o que preocupa é que seis Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPN) foram atingidas. "As RPPN estão dentro do parque e são importantes porque é nelas que estão as nascentes que abastecem o Rio Brumado, que é um importante afluente do Rio de Contas", explica a coordenadora de Meio Ambiente.>
O retorno das chamas no parque fez com que duas brigadas decidissem entrar na mata na noite de terça-feira na tentativa de impedir o avanço do fogo. Com o reforço das brigadas, a estimativa é que há cerca de 60 pessoas atuando no combate. "Há uma sensibilização grande por parte da população depois que viram a proporção. Tem chegado doações de comida e água para os brigadistas, além de equipamentos de proteção individual. A cidade de Livramento também tem colaborado, dando mantimentos, enviando caminhões pipas", informou Dilceléia.>
Antes do reforço das brigadas que chegaram nesta terça à cidade, as chamas estavam sendo combatidas por 21 bombeiros especialistas no combate a incêndios florestais, 11 brigadistas e três militares do (Graer), segundo informações da Secretaria de Meio Ambiente da Bahia (Sema).>
Os bombeiros e brigadistas contam com o suporte técnico, operacional e logístico do Programa Bahia Sem Fogo, ligado à Sema e que empregou quatro aeronaves do tipo Air Tractor, com o lançamento direto de água sobre o fogo.>
Também foram disponibilizados cinco veículos terrestres e um helicóptero do Graer. As áreas mais devastadas pelo incêndio foram reservas particulares do patrimônio natural, as RPPNs – a mais atingida foi a RPPN da nascente do Rio do Junco. Oito nascentes também foram prejudicadas pelas chamas.>
Técnicos da Sema investigam as causas do incêndio, que pode ter sido provocada por mineração ilegal, com a explosão de dinamites. Locais com marcações de explosão em pedras foram encontrados pela Prefeitura de Rio de Contas, além de um buraco com pedras quebradas.>