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Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2022 às 07:35
Suspeitos de atuarem em uma milícia na cidade de Piatã, na Chapada Diamantina, são alvo de uma operação na manhã desta sexta-feira (16). Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Piatã.>
A segunda fase da “Operação Cold” cumpre mandados de busca e apreensão. Segundo o Ministério Público, os alvos foram os endereços residenciais de dois vigilantes investigados por suposto envolvimento em milícia privada que promove crimes patrimoniais para gerar pânico e cenário de insegurança na cidade. O objetivo é coagir comerciantes e população local a contratar serviço de vigilância noturna, para evitar serem vítimas de furtos cometidos por membros do próprio grupo criminoso. As investigações apontam, inclusive, indícios da prática de homicídio por integrantes da milícia.>
Os mandados expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Piatã têm o objetivo de colher provas do esquema investigado, sobretudo diante da dificuldade de colher depoimento formal de populares, que temem represálias dos envolvidos. Os vigilantes são investigados por prática de crimes patrimoniais, comércio ilegal de armas de fogo e crimes contra a vida. O material apreendido durante a operação será submetido a conferência e análise pericial e depois encaminhado aos órgãos competentes.>
Na primeira etapa da operação, realizada em outubro deste ano, dois policiais militares foram presos, ambos acusados de homicídio. A dupla é suspeita de integrar uma milícia que atua no município de Piatã e cidades vizinhas. As investigações apontam que o grupo cometia assaltos à comerciantes, forçando os empresários a contratar serviços de segurança particular. >
Além dos dois PMs presos na primeira fase, outras quatro pessoas, essas apontadas como mandantes, também foram capturadas. Um quinto integrante do bando segue foragido.>
A ação conjunta é deflagrada por equipes da Força-Tarefa de Combate a Grupos de Extermínio e Extorsão Mediante Sequestro da Secretaria da Segurança Pública, através da Corregedoria Geral, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e da Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp), ambos do Ministério Público (MP).>