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Professor amado e advogado de casos famosos: como Daniel Keller ficou conhecido

Advogado foi encontrado morto em quarto de hotel

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 13 de junho de 2025 às 12:44

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Daniel Keller foi encontrado morto em hotel Crédito: Reprodução

A comoção gerada pela morte do advogado Daniel Keller, que foi encontrado em quarto de hotel sem sinais vitais, não é à toa. Especialista na área criminal do Direito, Keller foi professor e advogou em casos relevantes, como quando foi assistente de acusação no julgamento de Kátia Vargas, no ano de 2017. Ela acabou absolvida.

De acordo com Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Bahia, ele era graduado em Direito pela Universidade Católica do Salvador (Ucsal) e tinha especialização em Ciências Criminais pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Depois de se especializar, foi professor da Ucsal, da Faculdade Ruy Barbosa e FTC, além de sócio da Daniel Keller Advocacia Criminal.

Foi como professor, inclusive, que ele marcou diversos estudantes. Nas redes sociais, não faltam comentários enlutados de ex-alunos. “Foi mais que um professor, exemplo de generosidade, empatia e sabedoria. Quando estudava, sempre me atrasava pra aula por morar longe e não ter carro ou moto. Sempre me permitiu entrar, com compreensão e humanidade”, escreveu um ex-aluno, agora advogado.

Uma ex-aluna o descreveu como fundamental para a sua formação. “Existem pessoas que, sem saber, dão fôlego aos outros para continuarem. Daniel foi esse alguém para mim na faculdade. […] Sabia ensinar e fazer com que, mesmo nos momentos mais difíceis, a gente não se sentisse sozinho”, relatou ela, que também é advogada, lamentando a partida precoce do criminalista.

Daniel Keller ficou conhecido por trabalho como advogado criminalista por Reprodução

O trabalho de Keller lhe cedeu lugar entre os criminalistas mais conhecido não só na Bahia, mas também no país. Além do caso de Kátia Vargas, que foi presa pelo acidente que matou os irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes em 2013, esteve envolvido em diversos processos relevantes.

Keller atuou, por exemplo, no caso em que os ex-bispos da Igreja Universal Fernando Aparecido e Joel Miranda foram acusados de abusar sexualmente, torturar e queimar vivo o adolescente Lucas Terra, 14 anos. O crime aconteceu em 2001 e o advogado fez parte da defesa dos interesses da família da vítima.

Por conta da sua atuação na área, vários colegas e associações se manifestaram em pesar pela morte do advogado. Um deles foi a Caixa de Assistência dos Advogados da Bahia (CAAB). “Nesse momento de luto, a diretoria da CAAB e seus colaboradores se solidarizam com amigos e familiares, desejando a todos muita força e serenidade”, escreveu.

O caso da morte de Keller está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico).