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Yasmin Garrido
Publicado em 12 de dezembro de 2018 às 17:30
- Atualizado há 2 anos
Almiro Sena foi exonerado do cargo de secretário de Justiça e Direitos Humanos após denúncias (Foto: Arquivo CORREIO) O promotor de Justiça do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Almiro Sena Soares Filho, foi condenado nesta terça-feira (12) a 4 anos, 5 meses e 15 dias de detenção pelo crime de assédio sexual, em 2014, contra servidoras da então Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), pasta que era comandada por ele na época.>
De acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o julgamento aconteceu na presença dos desembargadores, tendo pesado o voto do relator Mário Alberto Simões Hirs.>
Almiro, que está solto, foi condenado a cumprir a pena em regime semiaberto e ainda pode recorrer às instâncias superiores.>
Na inicial, o promotor também havia sido acusado de estupro. No entanto, nesta terça-feira, a possibilidade de acatar o crime foi descartada, em razão de falta de provas. Segundo os desembargadores, caso as acusações de estupro prossigam, será necessária a abertura de novo inquérito para investigar o caso.>
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Apesar de os crimes terem acontecido em 2014, o TJ-BA só recebeu as acusações em maio de 2015, quando as vítimas tornaram públicas as denúncias.>
Sena, que foi exonerado do cargo de secretário em junho de 2014, pelo então governador Jaques Wagner, chegou a ser levado à prisão domiciliar no mesmo processo, mas conseguiu um habeas corpus e passou a responder em liberdade.>
O julgamento de Almiro demorou a acontecer. A princípio, a data estabelecida foi 12 de setembro deste ano, mas, segundo movimentação processual, o procedimento foi adiado, remarcado para 10 de outubro e posteriormente para 14 de novembro.>
Nesta terça, o caso teve um desfecho no segundo grau da primeira instância, devendo seguir, a partir de agora, com o recurso da defesa, para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).>
O CORREIO tentou contato com a defesa do promotor Almiro Sena, o advogado criminalista Gamil Föppel, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.>
*Com supervisão do editor João Galdea.>