Quase um mês após sumir, taxista é achado morto em Mucuri

Os três acusados do crime foram presos; suposto mandante está foragido

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  • Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2009 às 22:06

- Atualizado há um ano

A polícia de Mucuri finalmente conseguiu descobrir o que aconteceu com o taxista Antonio Oliveira Santos, 54 anos, que estava desaparecido desde o dia 11 de dezembro, quando foi realizar uma corrida e não retornou mais.

O taxista havia sido contratado por Sidney Siqueira para fazer uma entrega em uma fazenda. Em um ponto do caminho, diante de um portão, o motorista desceu para abri-lo quando foi surpreendido por trás com uma paulada na cabeça dada pelo próprio Siqueira, segundo a polícia. Ainda segundo a polícia, outros dois homens estavam escondidos no local e ajudaram Siqueira a atingir o taxista.

Os comparsas eram Vlaílton Barbosa Lima, 20 anos, e Vlaílson Guilherme, 23 anos, que são tio e sobrinho, respectivamente. Os dois vivem no distrito de Belo Cruzeiro.

Os três homens levaram o corpo do taxista dentro do próprio carro da vítima, um Fiat Palo Adventure, por cerca de 5km, segundo o delegado Sanney Simões, onde Santos foi jogado dentro de uma área de preservação ambiental da Suzano Papel e Celulose.

O carro foi queimado e abandonado próximo a um canavial de Belo Cruzeiro, depois de ter todos os objetos de valor levados.

Prisão

Vlaílton, conhecido como Manoel, foi preso na quinta-feira (8), na casa de sua namorada, em Belo Cruzeiro. Ele confessou o crime e denunciou os outros envolvidos. Os policiais acharam Vlaílson em uma carvoria perto do povoado Cristal do Norte, no Espírito Santo, que também confessou sua participação no crime.

Seguindo indicações dos presos, o corpo foi encontrado e o Departamento de Polícia Técnica de Teixeira de Freitas o removeu. Na sexta-feira, a polícia localizou o último acusado, Sidney Siqueira, que estava em Mucuri na empresa onde trabalha.

O motivo do crime ainda não foi esclarecido e o delegado Sanney ainda está em busca do suposto mandante - que seria um taxista da Tabatã cujo nome a polícia preferiu não divulgar para não atrapalhar as investigações. Segundo depoimento dos acusados, cada um deles iria receber R$ 250 cada um pelo crime, além de poderem ficar com o que roubassem da vítima.