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Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2010 às 10:15
- Atualizado há 2 anos
Da redação | Seja em pontos de ônibus, escolas, praias ou escritórios, com o CORREIO nas mãos em 2010, os baianos pensaram e rezaram pelo sofrido Haiti, beberam a amarga laranjada mecânica espremida na Copa do Mundo da África do Sul, perderam o folêgo no adeus à eterna Fonte Nova, choraram de alegria e tristeza pelo implacável sobe e desce do elevador do Brasileirão e conheceram mais a primeira mulher eleita presidente da República, Dilma Rousseff.Pelas capas do CORREIO, passearam com irreverência, criatividade e sensibilidade os principais acontecimentos do ano. E nesta pegada, o jornal que conta as histórias que a Bahia quer saber do jeito que os baianos gostam de saboreá-las, se despede de 2010 como o diário de maior circulação da Bahia e do Nordeste. >
SUCESSO O CORREIO está entre os 20 maiores jornais do Brasil – é o 19º, à frente de publicações importantes do Rio de Janeiro e São Paulo, como Jornal da Tarde, Diário de S. Paulo, O Dia e outros. E um dos segredos do sucesso do CORREIO são justamente as capas. Prova disso é que o diário foi finalista por dois anos seguidos do Prêmio Esso, o mais tradicional do jornalismo, na categoria Primeira Página.>
O jornal traduz os temas do momento com impacto. A linguagem visual é mais próxima da publicitária, sem descuidar da informação. A fotografia é valorizada e a equipe do CORREIO é uma das melhores do Brasil. Deste grupo afinado, surgem as ideias que vão para a capa. A manchete pode sair da frase de um repórter. É o resultado de muita conversa desde as primeiras horas da manhã e de um processo em que cada um colabora a seu jeito até chegar a uma síntese de tudo no fim do dia.Além das capas, o CORREIO inovou ao humanizar a cobertura jornalística, contando histórias de pessoas e de como os acontecimentos interferem em suas vidas. A informação de qualidade está aliada a preços e linguagem acessíveis a todos os leitores. Esta é a fórmula do sucesso.>
Haiti treme de dor com 200 mil mortosNa edição do dia 14 de janeiro, quando as baianos iam à Colina Sagrada para saudar Senhor do Bonfim, o CORREIO amanheceu de luto. Na capa, a manchete se apropria dos versos de Caetano Veloso: ‘Pense no Haiti, reze pelo Haiti’. Na foto, uma mulher surge como que ressuscitada no meio dos escombros.>
Por volta das 17 horas do dia 12 – 20 horas de Brasília, um terremoto em Porto Príncipe, capital do Haiti, país mais pobre das Américas, deixou mais de 200 mil mortos, 300 mil feridos e 4 mil amputados. Um milhão de pessoas ficaram desabrigadas. Entre os brasileiros mortos, estava a fundadora da Pastoral da Crianças, a pediatra e sanitarista, Zilda Arns, 75 anos.>
Um militar baiano sobreviveu à tragédia. O capitão do Exército José Roberto Pinho de Andrade Lima, 39 anos, nasceu em Senhor do Bonfim, no Norte da Bahia. Como falava fluentemente francês, ele era intérprete de Zilda Arns. O terremoto mobilizou dezenas de países que mandaram remédios, alimentos e tropas para socorrer os haitianos. O Brasil doou US$ 15 milhões e lotes de medicamentos e produtos farmacêuticos. >
Os recursos foram destinados ao sepultamento dos mortos, socorro médico aos feridos, remoção de destroços, reforço de segurança e distribuição de alimentos e água, entre outros serviços para reconstrução de um país arrasado por uma tragédia natural. Laranja mecânica faz bagaço da Seleção de ‘professor’ DungaQue Copa do Mundo azeda a da África do Sul! Começou pela polêmica convocação do turrão técnico Dunga, passou por uma vitória apertada contra a Coreia do Norte e terminou com a caruara da Seleção Brasileira nas quartas de final contra a Laranja holandesa. Depois de fazer a melhor apresentação na Copa durante o primeiro tempo, o time que parecia encantado acabou virando abóbora.Esta foi a irreverente e dolorida capa da edição do dia 3 de julho. A manchete ‘Virou abóbora’ tinha como pano de fundo a inesquecível e alaranjada fotografia da camisa 10 do carrasco holandês Sjneider, autor de dois gols.Vitória é vice da Copa do BrasilCom a habitual irreverência que marca a cobertura esportiva, o CORREIO noticiou o triunfo do Vitória sobre o Santos, por 2 X 1, na final da Copa do Brasil. O resultado foi insuficiente para o Vitória ganhar seu primeiro título nacional. A capa da edição de 5 de agosto, que mostra a estrelinha caindo solitária do escudo do Vitória, no topo da página, teve na manchete uma palavra que os rubro-negros se arrepiam e os tricolores se deleitam ao ouvir ou ler – Vice.Elogiada pela criatividade e ousadia por comentaristas da imprensa nacional, a primeira página do CORREIO foi o assunto mais comentado na Bahia no dia da ressaca futebolística dos guerreiros.>
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Salvador afunda nas chuvas de abrilSalvador e outras 25 cidades em seu entorno foram afogadas pelas chuvas em abril – o toró durou uma semana e matou cinco pessoas. A capa da edição do dia 16 mergulhou até a logomarca do jornal, que teve as letras vazadas nas águas que inundaram Lauro de Freitas.>
A foto, que mostra dois homens transportando idosos em um pequeno bote inflável, foi indicada ao Prêmio Esso, o mais importante do jornalismo nacional, na categoria Primeira Página. O CORREIO foi o único periódico baiano indicado. A capa é resultado do trabalho do repórter fotográfico Antonio Queirós, da editora de arte Daniela Fontinele e do editor-chefe Sergio Costa.>
Em 12 páginas dedicadas ao assunto, o jornal contou dezenas de tragédias, entre elas a de Vila Canária, onde os irmãos Juan e Gabriel Souza, de 2 e 6 anos, foram soterrados. Outras três pessoas morreram no interior da Bahia. Do lado tricolor, torcedores fizeram camisetas com a capa para provocar os rivais. Na trincheira rubro-negra, entre os inevitáveis lamentos, os leões feridos reclamavam que os baêas tinham munição nova para as gozações.Rádio transmite ao vivo assassinato de delegadoO assassinato do titular da 18ª Delegacia, em Camaçari, Clayton Leão, 35 anos, foi testemunhado, ao vivo, no dia 26 de maio, por 40 mil ouvintes do Programa De Olho na Cidade, da Rádio Líder FM. Ele foi morto às 8 horas, quando concedia uma entrevista, na Ladeira das Pedrinhas, em Cajazeiras de Abrantes.>
Na capa da edição do dia seguinte, o desespero da mulher, a dentista Simone de Oliveira, que estava no banco do carona, foi manchete do jornal – Meu Deus do céu! Clayton recebeu três tiros, em transmissão ao vivo. A foto, de Almiro Lopes, mostra os pés do delegado para fora do veículo, depois de alvejado.>
Cerca de 300 policiais participaram das buscas – até os civis que estavam em greve: menos de 21 horas depois, mesmo antes de o corpo ser sepultado, três dos quatro acusados foram presos em Camaçari.Comissão da Paz dá golpe no PCC em briga de criminososUma chupeta azul, presa a uma correntinha de plástico, em meio a folhas secas e emporcalhada de lama. A capa da edição de 24 maio era direta: Orfão. O menino Riquelmy, à época com um ano e dois meses, foi encontrado no dia 10 de maio nos fundos de um EcoSport, no condomínio Paralela Park, na Paralela. No dia 23, a polícia descobriu, enterrado em uma cova rasa, nos fundos de um terreiro de candomblé, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, o corpo da mãe – Camilla Pedreira Frias.>
Quase um mês depois, as investigações revelaram que a história do abandono do órfão estava ligada a um golpe de traficantes da quadrilha baiana Comissão da Paz (CP), comandada por Cláudio Campanha, preso na penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná, no grupo paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). Camilla foi vítima da chamada ‘Conexão Quebrança’. Ela e o companheiro Jean Carlos dos Santos Melo traziam de São Paulo 10 quilos de cocaína que o PCC forneceria ao CP.>
Quando eles entregaram a droga a José Roberto dos Santos, o Robertinho, e Daniel Barreto, o Café, foram sequestrados pelos criminosos, que se recusaram a fazer o pagamento. O cabeça do golpe foi Davi Vieira, conhecido como Gordo, que desde então está preso na Unidade Especial Disciplinar, no Complexo da Mata Escura.Os traficantes da CP ainda entraram em contato com o PCC e disseram que o casal tinha sido sequestrado por policiais e cobraram resgate de R$ 50 mil. Após o pagamento, eles torturaram e mataram Camilla e Jean, embolsaram o dinheiro e comercializaram a droga. Riquelmy foi morar com a avó materna em Mauá, em São Paulo. Ela tem passagem pela polícia por tráfico de drogas.>
Orla fica sem barracas de praiaDepois de uma longa batalha, este ano foi marcado pelo adeus às tradicionais barracas de praia no litoral de Salvador. A capa do CORREIO do dia 25 de agosto pegou fogo junto aos equipamentos de Ondina. O jornal mostrou as estruturas, que abrigavam o lazer de baianos e turistas, fazerem as vezes de lenha. No meio das chamas, os barraqueiros. Foram eles que cremaram os escombros.>
No dia anterior, por ordem da 13ª Vara da Justiça Federal, foram demolidas 138 barracas – em Itapuã, Patamares, Corsário, Praia dos Artistas, Jardim de Alah, Piatã, Amaralina, Rio Vermelho, Ondina e Barra. Já haviam sido derrubados 102 equipamentos, dos 353 existentes.>
A edição também mostra o desespero dos donos de 32 barracas em Ipitanga. Encapuzado, um permissionário se amarrou a um botijão de gás e disse ser um ‘homem bomba’. Caso seu imóvel fosse destruído, ele afirmou que atearia fogo no próprio corpo. Com o fim dos equipamentos, as barracas de Ipitanga acabaram em pé e são a Meca dos banhistas que não abrem mão de curtir a praia com mais estrutura.>
A prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT), conseguiu impedir a demolição após ingressar com Ação Cautelar, sob o argumento de que a prefeitura de Lauro de Freitas é responsável pela área e a Justiça determinou apenas a derrubada das estruturas de Salvador.>
Baianos se despedem da Fonte Nova: 17 segundos e o estádio virou poeiraA velha Fonte Nova se foi aos 59 anos. E o suspiro final do estádio, palco das glórias, vergonhas, tragédias e paixões do futebol baiano, ocupou toda a capa e contra-capa da edição de 30 de agosto – ‘Vai com Deus, mãe’. A bordo de um helicóptero, o editor de fotografia, Márcio Costa e Silva, registrou os 17 segundos que levaram 700 quilos de explosivo para transformar a estrutura em pó.>
Como não podia deixar de ser, a despedida reuniu em volta do Dique do Tororó e nas lajes das casas vizinhas torcedores do Bahia, Vitória, Galícia, Ypiranga e de tantos times baianos que escreveram parte de suas histórias no gramado do estádio.>
A previsão é de que a Fonte ressuscite em dois anos, como Arena Fonte Nova. Em vez da lotação de 110 mil pessoas, apenas 50.433 assentos. O novo estádio também receberá shows, terá centro de negócios, restaurantes e museu do futebol. Do lado de fora, estacionamento com 2 mil vagas, entre outros equipamentos mais modernos.>
Elevador leva Vitória pra SegundonaTriste segunda para o atual tetracampeão baiano e do Nordeste. Depois do empate em 0x0 contra o oponente direto na luta contra o rebaixamento, o Atlético Goianiense, o Vitória deu tchau à elite do futebol brasileiro. Segunda triste, por ser a Série B o destino temporário do Leão e por ser o dia da ressaca e da gozação dos tricolores. A capa da edição do dia 6 de dezembro resume os dois sentimentos nestas duas palavras.Bastou o árbitro Salvio Spinola soprar o apito para a realidade dar um soco no estômago dos 35 mil torcedores que lotaram o Barradão e empurraram o time para frente. Nas ruas, torcedores do Bahia festejaram e gritaram – Uh, elevador. Depois de alcançar o tetra baiano e chegar à final da Copa do Brasil, o Vitória tem como objetivo sair da Série B em 2011.>
Menino é morto por policial no Nordeste de AmaralinaO CORREIO voltou a vestir luto na edição do dia 24 de novembro. No dia anterior, o menino Joel Castro, de 10 anos, foi morto dentro de casa, na Rua Aurelino Silva, no Nordeste, com um tiro no rosto. A perícia técnica apontou, 25 dias depois, que as balas que mataram o menino saíram da arma do soldado da Polícia Militar Eraldo Menezes de Souza.>
A perícia confirmou denúncias de parentes, que acusavam o grupo de PMs pelo assassinato e por terem negado socorro a Joel, quando seu pai, o mestre de capoeira Joel Castro, pediu ajuda com o filho ferido nos braços. Por ironia, o menino foi garoto propaganda da Bahiatursa, empresa de turismo do estado, em um anúncio para atrair mais visitantes para uma Bahia distante da realidade. No sepultamento, a dor dos pais, protesto de moradores e o requiém ao pequeno capoeira ao som dos berimbaus.>
Central da Oi pega fogo e cliente sofreEnquanto comerciantes contabilizavam prejuízos no período de Natal e a população exigia solução para a pane nos sistemas de telefonia móvel e fixa e internet, a capa do CORREIO do dia 22 de dezembro tratou com irreverência o incêndio na central de telefone da Oi, no Itaigara.>
A logomarca da empresa serviu de matéria-prima para mostrar como o fogo na unidade da operadora prejudicou clientes na Bahia e em outros cinco estados.A suspeita é de que o incêndio começou na sala de baterias, no segundo andar do prédio, pouco antes das 10 horas do dia 21. O fogo só foi controlado às 3h30 do dia 22. A operação mobilizou quatro caminhões do Corpo de Bombeiros e seis caminhões-pipa. Durante os combates, três bombeiros se intoxicaram com a fumaça e foram levados ao Hospital Geral. Outros quatro foram socorridos no local.>
Depois dos estragos, a Oi distribuiu, no Hotel Fiesta, no Itaigara, telefone fixo, que funciona via satélite, e um mini-modem 3G para quem ainda está sem internet. O fornecimento dos equipamentos gerou confusão no local.>
O tricolor volta à eliteA noite do dia 13 de novembro entrou para a história do futebol. Depois de sete anos afastado da Série A, dois deles na terceira divisão, o Bahia retornou à elite com um massacre diante da Portuguesa, 3 X 0 em Pituaçu.>
Do estádio, a festa desceu para as ruas da cidade e anteciparam em quatro meses o Carnaval de Salvador. Na edição do dia 14 de novembro, O CORREIO anunciou: "O tricolor voltou", com fotografia do capitão Nem. A edição especial trouxe análise da campanha vitoriosa, uma homenagem à torcida de primeira e as foto do time e de cada jogador que devolveu o bicampeão brasileiro ao lugar que merece e de onde nunca mais deverá sair.>
Dilma é primeira mulher eleita para presidente do BrasilO Brasil elegeu Dilma Rousseff (PT) a primeira mulher presidente em 31 de outubro. A descendente de búlgaros, que deixou o conforto da família de classe média alta em Minas Gerais para se tornar guerrilheira, viveu na clandestinidade, foi presa e torturada, virou secretária, ministra e, aos 62 anos, presidente da República.>
O fato histórico foi pontuado na manchete do CORREIO da edição de 1º de novembro com uma observação cor de rosa – 1ª -, para simbolizar a conquista feminina.>
Depois de uma disputa acirrada, com direito a bolinhas de papel e campanhas difamatórias na internet, Dilma, que começou hesitante nas pesquisas, derrotou com folga seu oponente, José Serra (PSDB), no segundo turno. A petista teve 56%, contra 43% do tucano. Na Bahia, Dilma teve 70% dos votos.>
Ela venceu em 15 estados e no Distrito Federal. A hegemonia da petista no Nordeste provocou uma reação preconceituosa nas redes sociais de eleitores do Sul e Sudeste, principalmente de São Paulo. Eles acreditavam, erroneamente, que Dilma só venceu porque derrotou Serra em todos os nove estados nordestinos.>
Os comentários no twitter e facebook da estudante de direito Mayara Petruso foram os que mais repercutiram. Ela propõs o assassinato de nordestinos.>
CORREIO passa a líder em circulação da Bahia e NordesteA medalha está no peito do CORREIO e quem a entregou foram os baianos. Na capa da edição do dia 23 de outubro, o asterisco tão conhecido dos leitores marca uma mudança histórica no mercado baiano. Após dois anos da reforma gráfica e editorial, o jornal tornou-se em outubro o de maior circulação na Bahia e no Nordeste.>
Segundo o Instituto Verificador de Circulação (IVC), em setembro, o CORREIO teve uma média de 47.239 exemplares vendidos. O IVC é uma entidade sem fins lucrativos e dirigida pelo mercado publicitário brasileiro.>
À época, o prefeito João Henrique (PMDB) parabenizou o jornal. "Sempre atento aos interesses do leitor, que faz toda a equipe buscar a informação de qualidade, sem esquecer do equilíbrio estético, o CORREIO investe no jornalismo ético e nos orgulha pelo título conquistado, que o coloca na liderança de circulação na Bahia. É um reconhecimento pela contribuição à cultura de nosso estado", disse.>
O sucesso editorial do CORREIO e sua contribuição ao mercado baiano foram saudados por publicitários. “Esse resultado é muito importante para a história dessas três décadas de existência. É um marco para os anunciantes e para o mercado publicitário, que conta com alternativa de um investimento confiável para nossos clientes. A liderança atestada pelo IVC deixa o mercado publicitário tranquilo, já que este é um reconhecimento da qualidade da gestão do CORREIO”, afirmou o sócio-diretor da Ideia 3, Nelson Vilava.>
Em outubro, o CORREIO ampliou a diferença. Segundo o IVC, o jornal teve média de 53.761 vendidos, contra 45.312 do principal concorrente. Em novembro, aumentou a diferença: 56.885 para o CORREIO; 45.295 para o vice.>
A fé na padroeira e a revolta no ferry: dia intenso na cidadeO dia 8 de dezembro foi intenso para Salvador. Situações antagônicas geraram um grande desafio: noticiar com peso idêntico a fé dos baianos na padroeira, Nossa Senhora da Conceição da Praia, e a ira dos usuários do sistema ferry-boat, revoltados com o anúncio do aumento de preço da tarifa, apesar do péssimo serviço. A solução veio com duas fotos parecidas, uma dos fiéis levantando as mãos em preces à Nossa Senhora, e a outra com as pessoas irritadas, bradando contra o precário atendimento. A manchete foi ‘A fé e o ferry’, juntando os dois contextos, revelando toda a tensão de um dia difícil.>