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Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2022 às 18:32
O tempo em Salvador não dá trégua: o início de novembro tem sido uma mistura de chuva, sol e mormaço. O dia amanheceu com nuvens carregadas e muita água na quinta-feira (3), depois o tempo abriu, dando até a possibilidade para quem queria curtir uma praia, mas logo em seguida fechou de novo. Pela manhã, em apenas três horas, choveu 54 mm na cidade. A previsão é que esse padrão se repita na sexta-feira (4), com 90% de chances de chuvas fracas a moderadas, acompanhadas por rajadas de vento. >
A Defesa Civil de Salvador (Codesal) informou que as chuvas são causadas devido a atuação de ventos úmidos vindos do Oceano Atlântico e o avanço de uma frente fria vinda da Região Sul. Além da chuva, há risco para alagamentos e deslizamentos de terra nesta sexta (4), quando as rajadas de vento podem passar dos 25km/h, de acordo com o Climatempo. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) explicou que o mau tempo deve dar uma pausa na capital a partir de sábado (5), mas que o final de semana ainda terá pancadas isoladas de chuvas, assim como no restante do estado. >
A média histórica (normal climatológica) para novembro, em Salvador, é de 108,2 mm, tomando como base a estação de referência em Ondina, única que existia há 30 anos. No local, choveu 15,2 mm, atingindo 14% desse parâmetro. Segundo Codesal, as Normais Climatológicas são médias de parâmetros meteorológicos computadas em um período de 30 anos consecutivos, obedecendo a critérios recomendados pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM). No caso da capital, este padrão é determinado por medições realizadas nas últimas três décadas pelo pluviômetro de Ondina, o único que existia na época. Hoje a cidade conta com mais de 70. >
Até o final da tarde desta quinta, os maiores índices pluviométricos em 24h foram registrados em regiões de Cajazeiras VIII (64,8 mm e 61 mm), Castelo Branco (56,4 mm), Jardim Nova Esperança (43,2 mm) e Sete de Abril (38 mm). As informações são do Centro de Monitoramento de Alerta e Alarme da Defesa Civil de Salvador (Cemadec). Bairros como Cajazeiras e Castelo Branco registraram mais de 50% do previsto pela média histórica da estação de Ondina para o mês de novembro. >
Por conta do grande volume de chuvas, até às 16h40 desta quinta, a Codesal recebeu 46 solicitações. Foram seis ameaças de desabamento, oito ameaças de deslizamento, quatro árvores ameaçando cair, uma árvore caída, seis avaliações de imóveis alagados, um desabamento parcial, dez deslizamentos de terra, dois galhos de árvores caídos, três incêndios, cinco infiltrações e uma orientação técnica. >
Trânsito >
A Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador) afirmou que não houve pontos de engarrafamentos por causa chuva nesta quinta, somente alguns pontos onde o trânsito ficou mais intenso, como em Brotas e na Av. Antônio Carlos Magalhães, no trecho próximo ao Terminal Rodoviário de Salvador.>
Na Avenida Paralela, próximo ao Centro Administrativo da Bahia (CAB), no sentido Centro, um motociclista ficou ferido após cair do veículo. Ainda não se sabe o motivo da queda, mas chovia no momento do acidente. A vítima foi socorrida e não há informações sobre o seu estado de saúde. O trânsito na região ficou um pouco intenso por conta do ocorrido, mas foi normalizado depois das 10h. >
O motorista por aplicativo Ronaldo Borges, de 38 anos, contou que pegou um trânsito mais intenso no período da manhã justamente na Paralela, onde ocorreu o acidente com o motociclista, e perto da rodoviária, sempre no sentido Centro. “Sempre trabalho pela manhã, faço esses mesmos percursos e geralmente está tranquilo. Hoje realmente estava fora do normal, não cheguei a ficar parado na via, mas ficou bem mais lento”, disse.>
Na Avenida San Martin, uma das principais da capital baiana, uma escadaria foi totalmente inundada e moradores compararam com uma cachoeira. As lanchas da travessia Salvador-Mar Grande operaram normalmente durante o dia, mesmo com a chuva. Os catamarãs, que fazem viagens entre Salvador e Morro de São Paulo, também funcionaram sem alteração. >
Não foram acionadas sirenes de alerta da Codesal nesta quinta, isso ocorre quando há acumulados de chuvas fortes que ultrapassam 150mm em 72h. >
Chuva na Bahia>
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até o momento, Porto Seguro é a cidade que registrou um volume maior de chuvas em novembro, com com total de 83,4 mm. Em seguida aparece Guanambi (75,8 mm), Itamaraju (72,8 mm), Caravelas (62,4 mm), Brumado (50,2 mm), Ibotirama (40,6), Belmonte (39,9 mm) e Maraú (34,2 mm). >
O Inmet informou que o maior volume de chuva na Bahia foi registrado, quando comparado com a média histórica, foi em Caravelas, onde choveu 66,9 mm, sendo que a previsão é de 214,4 mm para o mês de novembro. Em seguida aparece Bom Jesus da Lapa (60,8 mm da previsão de 134,9 mm) e Cruz das Almas (48mm da previsão de 71,7 mm).>
Nesta quinta, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu dois alertas de risco moderado no estado da Bahia: um em Salvador e outro em Camamu. Ambos são alertas sobre risco de deslizamento de terra. >