Terceirizados da Petrobras mantêm paralisação em plataforma

Cerca de mil trabalhadores reivindicam o cumprimento dos direitos trabalhistas

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  • Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2009 às 19:42

- Atualizado há um ano

A greve na plataforma da Petrobras, no município de São Roque do Paraguaçu, irá continuar por tempo indeterminado. Esta foi a decisão dos trabalhadores terceirizados em assembléia realizado nesta quinta-feira (8). A paralisação completou o segundo dia hoje.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas, Pavimentação, Obras de Terraplanagens, Montagem Industrial do Estado da Bahia (Sintepav–Bahia), cerca de mil trabalhadores das empresas Enaval, Arte Idéia, Faz, Isorel, Norsege, Ebac, LC Almeida, responsáveis pela reforma da P3 da Petrobras não tem os direitos trabalhistas respeitados.

'Os trabalhadores só retornarão as atividades quando um acordo for fechado com as empresas. Até lá, continuaremos de braços cruzados', frisou Irailson Warneaux, diretor social do Sintepav–Bahia.

A categoria reivindica o pagamento do aviso prévio no término da obra, horas extras de segunda a sexta a 80%, sábados a 100%, domingos e feriados a 120%, pagamento de adicional de periculosidade a 30%, assistência médica para empregados e dependentes, ajuste da tabela salarial, cesta básica no valor de R$95,00 reais e baixa das folgas familiares de 10 dias.Segundo a assessoria de comunicação da Petrobras, 'não há nenhum problema entre a estatal e as empresas terceirizadas'. A Petrobras informou ainda que 'aguarda a decisão das negociações para se posicionar em relação a greve'.

De acordo com o Sintepav–Bahia, nesta sexta-feira (09), às 7h,  será realizada uma assembléia para decidir os rumos do movimento grevista.ReuniãoNa tarde desta quinta-feira (8), os trabalhadores tiveram uma reunião com as empresa Ebac que apresentou uma proposta de pagar os salários em dia  e fornecer cesta básica aos funcionários. A proposta será apresentada nesta sexta-feira durante a assembléia. Já a empresa Norsegue marcou uma reunião para a próxima segunda-feira (12), às 10h, na sede do Sintepav. Segundo o diretor social do sindicato, a FAZ pediu dissídio coletivo e a audiência será realizada na próxima terça no Tribunal Regional do Trabalho e 'até lá continuaremos parados'.'As outras empresas ainda não procuraram o Sindicato para negociar os nossos pleitos. A partir do momento que o patrão feche um acordo, automaticamente, retornaremos ao trabalho', explica Warneaux.

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