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Alvo do MP, açougue anti-PT troca cartaz por nova mensagem: 'Ladrão não é bem-vindo'

Estabelecimento de Goiânia alterou material original que dizia "petista não é bem-vindo"

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Carol Neves

  • Estadão

Publicado em 3 de outubro de 2025 às 07:32

Mensagens no açougue
Mensagens no açougue Crédito: Reprodução

Um açougue de Goiânia voltou a se tornar alvo de polêmica após modificar a mensagem que havia sido proibida pela Justiça. Onde antes se lia “petista não é bem-vindo”, agora os cartazes e materiais promocionais exibem a frase: “Ladrão aqui não é bem-vindo. Quem apoia ladrão também não.”

A mudança ocorreu depois que o juiz da 23ª Vara Cível de Goiânia determinou, na última segunda-feira (29), a retirada imediata da publicidade considerada discriminatória. Na decisão, o magistrado afirmou que a prática feria “os direitos fundamentais de parcela indeterminável da população e consumidores que compartilham a convicção político-partidária discriminada.”

O processo foi movido pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), que argumentou que as mensagens caracterizavam tratamento hostil e excludente. O juiz ressaltou ainda o risco de que iniciativas semelhantes fossem reproduzidas em outros locais, “gerando efeito multiplicador da conduta discriminatória e aprofundando a polarização social, em desrespeito aos valores democráticos”.

A ordem judicial não se limitou à retirada dos cartazes. O açougue também foi obrigado a remover publicações nas redes sociais e proibido de repetir mensagens do mesmo tipo. Em caso de descumprimento, a multa estipulada é de R$ 1.000 por dia, podendo chegar a R$ 100 mil. O magistrado alertou ainda para eventual responsabilização criminal.

No dia seguinte à decisão, o conteúdo original já havia desaparecido dos perfis do estabelecimento, mas o material editado foi colocado no lugar. As carnes continuam a ser embaladas com imagens de Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Não é a primeira vez que o açougue usa estratégias políticas em campanhas. Durante as eleições de 2022, chegou a vender picanha por R$ 22 o quilo para clientes que vestissem a camiseta da Seleção Brasileira, em alusão ao número de urna de Bolsonaro. Na época, a Justiça Eleitoral proibiu a promoção.