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Monique Lobo
Publicado em 4 de maio de 2025 às 19:02
Foram 20 anos trabalhando na Americanas até o escândalo contábil da varejista. Com a demissão, e ex-diretor financeiro da empresa, Fábio da Silva Abrate, enfrentou dificuldades para conseguir um novo emprego e acabou abrindo um bar na Rocinha, uma comunidade que fica no Rio de Janeiro. As informações são da Folha. >
Abrate foi um dos diretores que fizeram a delação que foi divulgada pelo Ministério Público Federal (MPF) após denunciar 13 executivos da Americanas por fraudes calculadas em pelo menos R$ 22,8 bilhões. Ele, no entanto, não está entre os denunciados. >
Nos trechos da sua delação, aos quais a Folha teve acesso, ele contou que, após a sua demissão da varejista em 2023, enfrentou dificuldades para se empregar. Ele descreveu o cenário como o de "terra arrasada" pois, além de perder o emprego, sua imagem e sua empregabilidade estavam prejudicadas. >
Ele ainda abriu uma consultoria e teve uma curta passagem pela rede de moda Zinzane, como revelou. Segundo seu depoimento, teria negociado remuneração de R$ 100 mil mensais com a Zinzane, mas não deu certo.>
Poucas semanas depois, a Polícia Federal deflagrou a operação Disclosure, em junho de 2024, o que fez com que ele se afastasse da rede de moda. >
Ainda segundo Abrate, a decisão de empreender veio após perceber que o caso da Americanas tinha um impacto na sua reputação que dificultava o seu caminho a um novo posto de trabalho. >
Foi aí que ele abriu o Brasa Boteco. O estabelecimento localizado na comunidade da Rocinha, no Rio, foi aberto no ano passado em uma sociedade com o pai dele. >
Também em sua delação, ele informou que o espaço ainda não dava lucro e seu faturamento era de R$ 120 mil a R$ 130 mil. >