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Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2012 às 12:24
- Atualizado há 2 anos
Antônio Meira Jr.*, de Aracaju e FortalezaApresentado em 1981 e lançado no ano seguinte, o Pajero se tornou uma referência entre os utilitários esportivos, conquistando milhões consumidores mundo afora - onde também é chamado de Montero e Shogun. O veículo ganhou inclusive variantes, como o iO (chamado de Pinin na Europa), que desde 2003 é fabricado no Brasil como TR4, e o Sport, que surgiu em 1997 e posteriormente foi montando no País.Atualmente o mercado nacional tem três opções de Pajero: o Full, maior e mais luxuoso da linha; o Dakar, que tem tamanho médio e substitui o Sport, e o menor deles, o TR4, que ano passado ganhou uma inédita tração 4x2. No Brasil são produzidos o Dakar e o TR4, enquanto o Full é importado do Japão.>
O Pajero Dakar atravessa as dunas sergipanas (Foto: Tom Papp)Para testar esses veículos, que já venceram o famoso Raly Dakar por 12 vezes - sete delas consecutivamente -, a melhor alternativa foi participar dos ralis que a marca organiza há 18 anos no Brasil. Na etapa de Aracaju, competimos com um Dakar e, em Fortaleza, o escolhido foi o TR4, líder de vendas entre os SUVs da marca.O Dakar, segundo mais vendido da linha, é uma opção interessante para quem busca um utilitário esportivo com tração nas quatro rodas que transporte até sete pessoas. Oferecido em quatro configurações, que inclui motor V6 bicombustível e diesel e câmbio manual ou automático, o Dakar mais barato custa R$ 134.990. Neste caso, com motor diesel, câmbio manual e capacidade para até cinco ocupantes.A versão testada foi a topo de linha, a HPE diesel, que sai por R$ 158.990. Nessa configuração, o veículo é equipado com um motor de 3.2 litros que rende 170 cv de potência (a 3.500 rotações por minuto) e oferece 35 kgfm de torque máximo, atingido a 2 mil rpm - é o mesmo propulsor utilizado na picape L200 Triton. A transmissão é automática, de quatro marchas e a tração é denominada Super Select 4WD. Ela oferece a opção de tração apenas no eixo traseiro e três opções de 4x4: com diferencial central de acoplamento viscoso variável (VCU) atuante, com diferencial central (VCU) bloqueado e com diferencial central (VCU) bloqueado e marcha reduzida. Na prova sergipana utilizamos bastante essas três opções de 4x4.Mas além de força, o Dakar proporciona conforto aos seus ocupantes, como ar-condicionado automático (incluindo saídas de ar para a terceira fileira de bancos), controles do som no volante, central multimídia, revestimento interno em couro, freios com sistema antibloqueio (ABS) e airbag duplo. Ficam faltando os airbags laterais e do tipo cortina, oferecidos apenas na Pajero Full, que custa a partir de R$ 179.990 (quatro portas).Em relação à concorrência, a grande novidade é o Trail blazer, da Chevrolet. Vendido apenas na versão mais completa, a LTZ, o novo veículo custa R$ 145.450 com motor V6 a gasolina e R$ 175.450 com propulsor 2.8 diesel, sempre com sete lugares. Outra opção é o Toyota SW4, que é oferecido com motor 2.7 bicombustível por R$ 114.292, neste caso com câmbio automático, cinco lugares e tração 4x2. A topo de linha (SRV), com sete lugares, motor diesel, tração nas quatro rodas e câmbio automático custa R$ 178.430.CompactoO TR4 é a porta de entrada para a linha Pajero e sua opção com tração 4x2 está superando as expectativas, vendendo, em média, 500 unidades por mês, 125 a mais que a tradicional 4x4. No entanto, para correr o Mitsubishi MotorSports, o rali de regularidade que a marca promove, só é permitida a configuração com tração nas quatro rodas, como o veículo que utilizamos na etapa cearense.Atualmente, a configuração 4x4 é oferecida apenas com transmissão automática, de quatro velocidades. Ela é associada a um motor de 2.0 litros, que tem 16 válvulas e pode ser abastecido com gasolina e/ou etanol. Esse propulsor desenvolve 135 cv com gasolina e 140 cv com etanol, sempre a 5.500 rpm. O torque máximo é de 20 kgfm com gasolina, atingido a 2.250 rpm, e 22 kgfm com etanol, alcançado a 4.500 giros.A tração é traseira e o modo 4x4 tem três opções: com diferencial central de acoplamento viscoso variável (VCU) atuante, com diferencial central(VCU) bloqueado e com diferencial central (VCU) bloqueado e marcha reduzida. Foi este último modo que utilizamos na maior parte da prova, que aconteceu nos arredores de Fortaleza, uma etapa com muitas dunas, que exigiu bastante perícia na pilotagem e muita força do TR4, que não teve vida fácil nas areias cearenses.Essa versão do TR4 custa R$ 75.990 e é bem equipada, tem ar-condicionado, airbag duplo e trio elétrico entre outros itens. O único opcional é o acabamento em couro dos bancos. A configuração mais barata da linha, a 4x2 com câmbio mecânico, sai por R$ 65.490. Com caixa automática, custa R$ 4.500 a mais. E é o câmbio automático o ponto que poderia ser melhorado no TR4, com apenas quatro marchas. Em relação à concorrência, esse Pajero tem diversos rivais, a depender da versão e tração, que vão do Ford Eco Sport ao Hyundai Tucson.Tanto o Dakar, quanto o TR4 tem seu ponto alto nas suspensões, que transmitem total confiança ao motorista, principalmente nos trechos off-road. O aprimoramento desses sistemas é fruto da larga experiência da marca em ralis em todo o mundo.CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO PARA AMPLIAR AS INFORMAÇÕES* O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA MMCB>