Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Como um corte de cabelo levou Wesley Safadão a descobrir tumor no filho

Diagnóstico foi granuloma eosinofílico, tumor ósseo benigno

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 27 de setembro de 2025 às 11:17

Yhudy, filho de Safadão
Yhudy, filho de Safadão Crédito: Reprodução

O simples ato de cortar o cabelo acabou sendo o alerta que salvou o filho de Wesley Safadão. Yhudy, de 14 anos, reclamou de dor na cabeça logo após o corte, o que levou a família a descobrir um tumor raro no crânio do adolescente.

Segundo o cantor, o corte ocorreu na quarta-feira da semana passada. “Cheguei em casa por volta das 20h e ele disse que estava com dor. Até passar o pente foi difícil para ele”, contou em vídeo no Instagram. Ao perceber um calombo no local e a dor intensa, Wesley levou o filho imediatamente ao hospital.

Wesley Safadão, Mileide Mihaile e Yhudy por Reprodução/Instagram

O primeiro exame foi feito entre 20h30 e 21h. O resultado inicial indicou “algo”, e Yhudy foi submetido a um PET scan de corpo inteiro, exame de tomografia detalhado. Na madrugada de quinta-feira, o diagnóstico ficou claro: um tumor ósseo localizado no crânio, chamado granuloma eosinofílico, ou histiocitose de Langerhans.

Na sexta-feira, o adolescente passou por cirurgia. “Foi tudo tranquilo, da melhor forma possível, três horas de operação. Duas horas depois, ele já estava consciente, sem efeito da anestesia”, relatou o cantor.

O que é granuloma eosinofílico?

O granuloma eosinofílico é um tumor benigno ligado a uma doença rara chamada histiocitose de células de Langerhans, provocada por uma mutação sem causa conhecida. Ela faz com que células do sistema imunológico se multipliquem de forma anormal e formem o granuloma.

A doença é geralmente localizada, afetando apenas um órgão — ossos, pele, linfonodos, pulmão, sistema nervoso central ou até locais mais incomuns, como a tireoide. Já a histiocitose de Langerhans pode ser mais extensa, acometendo múltiplos órgãos simultaneamente. “Pode ter lesão óssea, na pele ou no fígado. O osso é um dos órgãos mais acometidos”, explica o hematologista Anderson Felipe da Silva, do Hospital Orizonti.

O granuloma eosinofílico é mais frequente em crianças entre 5 e 10 anos, mas também pode surgir em adultos jovens. O diagnóstico é desafiador, já que sintomas como dor ou lesões na pele são comuns a outras condições. “Se o paciente tem sintoma persistente, que não melhora, é um alerta”, destaca o médico.

A biópsia é feita no local afetado, seja na pele ou no ponto da dor persistente. O tratamento depende da extensão da doença: quando localizada, como no caso de Yhudy, a cirurgia costuma ser suficiente, sem necessidade de quimioterapia. Em casos sistêmicos, a intervenção medicamentosa pode ser necessária.