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O que comer antes e depois de correr: nutricionista explica cardápio ideal para energia e recuperação

Cardápio com alimentos simples e acessíveis ajuda a melhorar o rendimento na corrida e acelera a recuperação muscular no pós-treino

  • Foto do(a) author(a) Pedro Carreiro
  • Pedro Carreiro

Publicado em 27 de setembro de 2025 às 11:30

A prática regular de corrida melhora o humor, a resistência física e a qualidade do sono (Imagem: PeopleImages.com - Yuri A | Shutterstock)
A alimentação adequada no pré e pós-treino pode fazer toda a diferença no desempenho e na recuperação Crédito:  PeopleImages.com - Yuri A | Shutterstock

Entre os benefícios da corrida, destacam-se a melhora da saúde cardiovascular, o fortalecimento dos ossos e músculos, além do auxílio no controle do peso e na redução do estresse. No entanto, quando a prática não é acompanhada de uma alimentação adequada, as consequências podem ir desde a perda de massa muscular até quadros inflamatórios persistentes.

Por isso, escolher os alimentos certos no pré e pós-treino é essencial para potencializar os ganhos e evitar desgastes. E para quem vai participar de provas como a Corrida da Primavera, que acontece neste domingo (28), em Salvador, como parte do Circuito das Estações, o cuidado deve ser redobrado. A prova terá largada às 6h30 da Praia de Piatã, com opções de 5K, 10K e 18K.

Pensando nisso, o CORREIO conversou com o Dr. Magno Merces, nutricionista e professor da Afya — maior grupo de educação e soluções médicas do Brasil e patrocinadora da Corrida da Primavera —, para esclarecer o que comer, e o que evitar, antes e depois de correr.

Pré-corrida: carboidratos são a chave

Nas 48 horas que antecedem a corrida, a alimentação deve garantir reservas de energia. A aposta deve ser em carboidratos complexos, como arroz integral, batata-doce, mandioca, massas e pães integrais. Eles ajudam a formar o glicogênio muscular, que será usado como combustível durante a prova.

Poucas horas antes da largada, a recomendação é consumir carboidratos de fácil digestão, como pão branco, arroz branco, banana madura ou mel, em quantidade moderada (1 a 4 gramas por quilo de peso, dependendo do tempo até a prova).

“É importante evitar refeições muito volumosas, alimentos ricos em gordura, fibras ou excesso de proteína, que podem causar desconforto gastrointestinal e prejudicar o desempenho”, alerta o especialista.

Nike Pegasus por Reprodução

Durante a corrida: reposição prática e rápida

Para provas com mais de 1 hora de duração, é preciso repor energia ao longo do percurso. A recomendação é ingerir de 30g a 60g de carboidratos por hora — podendo chegar a 90g em provas mais longas ou intensas, com combinações de glicose e frutose. “Opções práticas como géis energéticos, bebidas esportivas, mel, rapadura, frutas secas ou banana são bem-vindas”, indica Dr. Magno.

Pós-corrida: a janela da recuperação

Após o exercício, especialmente nas 48 horas seguintes, o objetivo é recuperar os músculos e repor energia. A combinação ideal inclui proteínas de alta qualidade (ovos, carnes magras, peixes, laticínios) e carboidratos. Alimentos ricos em antioxidantes, como frutas vermelhas, laranja, manga e vegetais coloridos, também ajudam a reduzir o estresse oxidativo causado pelo esforço.

E a Coca-Cola? Pode?

Muitos corredores têm o hábito de tomar Coca-Cola após a prova para “repor a energia”. Dr. Magno explica que, embora a bebida contenha açúcar e cafeína — o que pode dar um pico rápido de energia —, ela não é a melhor opção.

“Ela não hidrata adequadamente e não repõe os sais minerais perdidos no suor. O ideal é priorizar água, água de coco ou bebidas esportivas. Se for consumir refrigerante, que seja em pequena quantidade e apenas após a prova, nunca como fonte principal de hidratação.”

Resumindo: o que colocar no prato

  • Antes: carboidratos complexos + proteínas leves + hidratação.
  • Durante (provas longas): géis, rapadura, banana ou bebida esportiva.
  • Depois: carboidratos + proteínas + líquidos com sais + antioxidantes.