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Feira livres na Bahia viram centro do tráfico de aves de canto silvestres na Bahia

Pontos são usados por criminosos para vender animais de forma ilegal

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 26 de setembro de 2025 às 05:00

Aves de canto são traficadas em feira livre Crédito: Reprodução

Se o tráfico de animais silvestres têm sido uma rotina na Bahia, há um ponto que é usado de forma recorrente para a prática criminosa: as feiras livres. Um dos principais alvos de operações de resgates da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa), esses pontos são estratégicos para os criminosos que insistem em traficar, principalmente, aves de canto no estado.

“Historicamente, as feiras livres, sobretudo em grandes centros urbanos e regiões de intenso comércio, configuram-se como um dos principais pontos de escoamento do tráfico de aves silvestres na Bahia. Nesses locais, os infratores se aproveitam do fluxo intenso de pessoas e da informalidade para comercializar clandestinamente espécies nativas”, explica a Tenente Coronel Érica Patrício, que comanda a Coppa.

Coppa resgatou mais de 8 mil animais silvestres até setembro por Divulgação

A Companhia atua em conjunto com outros órgãos ambientais estaduais e federais para coibir o tráfico, resgatar animais e responsabilizar os infratores. Além das feiras, porém, os órgãos fiscalizadores precisam agir em outras áreas que são usadas pelos traficantes de animais silvestres, inclusive no ambiente digital, onde os criminosos já atuam para escoar não só as aves de canto, mas outros animais de maneira ilícita.

“O tráfico de fauna silvestre ocorre também por meio de vendas informais às margens de rodovias, em locais com menos probabilidade de fiscalização e cada vez mais, em plataformas digitais e redes sociais. Esse comércio clandestino vem migrando em parte para ambientes virtuais, exigindo ações de inteligência e monitoramento permanente da Polícia Militar”, explica a comandante da Coppa.

Apesar da ação irregular, existe uma forma legal de adquirir aves silvestres, exclusivamente por meio de criadouros comerciais e estabelecimentos devidamente registrados e autorizados pelo órgão ambiental competente. Por isso, é importante que o cidadão esteja atento: qualquer oferta de animal silvestre fora de criadouros devidamente autorizados é ilícita e alimenta o tráfico.

“Antes de adquirir qualquer ave silvestre, o interessado deve verificar se o criadouro ou o vendedor possui registro ativo no IBAMA/INEMA e se a ave tem anilha ou microchip oficial, com documentação correspondente. Todas as informações sobre criadouros autorizados e procedimentos de aquisição podem ser consultadas nos sites oficiais do IBAMA e do INEMA”, orienta Érica Patrício.

Na Bahia como um todo, a fiscalização é exercida pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), em articulação com o IBAMA, que mantém o Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora (SISPASS). Esses criadouros asseguram o bem-estar dos animais, a rastreabilidade e a conservação das espécies.

Ao desconfiar de comércio irregular, o cidadão deve acionar imediatamente os canais de denúncia, como o 190 da Polícia Militar, que está disponível por 24 horas todos os dias. Essa postura responsável da sociedade é essencial para enfraquecer o tráfico de fauna e reforçar as ações da PMBA na proteção do nosso patrimônio natural.