Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Carol Neves
Publicado em 27 de setembro de 2025 às 08:45
Foram identificados como Bruno Rodrigues, de 55 anos, e os filhos Bruno Rodrigues Filho, de 33, e Átila Rebouças Rodrigues, de 27, os suspeitos apontados pela polícia como responsáveis por um esquema de agiotagem que teria movimentado cerca de R$ 90 milhões em apenas um ano. Moradores de Jequié, no sudoeste da Bahia, eles são investigados por extorsão, lavagem de dinheiro e crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo. Pai e filhos foram presos pela polícia.>
Eles são investigados por extorsão, posse ilegal de arma de fogo, lavagem de dinheiro e delitos contra a ordem tributária e econômica. No cumprimento das ordens judiciais, ainda foram apreendidas sete armas de fogo, entre pistolas, revólveres e carabinas. >
A atuação do grupo veio à tona após a denúncia de um médico, que relatou ter contraído um empréstimo de R$ 500 mil e acabou sendo cobrado em R$ 3 milhões em juros. Para pagar a suposta dívida, imóveis e veículos foram entregues à família, diante de ameaças. Três casas chegaram a entrar em processo de transferência, mas a Justiça suspendeu a operação.>
Bens apreendidos em sítio
Novas vítimas>
Com a repercussão do caso, outras duas pessoas, de Vitória da Conquista, também procuraram a polícia. Elas relataram ter perdido bens e disseram que foram cobradas em mais R$ 500 mil apenas em juros. >
Operação Gipsy>
Na última sexta-feira (26), durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão, a Operação Gipsy encontrou na casa da família mais de R$ 3 milhões em espécie guardados em malas, além de joias avaliadas em R$ 500 mil, sete armas de fogo e 30 veículos, alguns de luxo.>
Três imóveis em fase de transferência tiveram as matrículas bloqueadas pela Justiça, após requerimento da autoridade policial, diante da suspeita de falsificação documental para obtenção de empréstimos fraudulentos em instituições financeiras. Ainda conforme as apurações, em apenas cinco anos o grupo movimentou cerca de R$ 90 milhões em contas bancárias pessoais.>
A ação contou com a participação de 40 policiais e foi realizada pelo Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC), por meio da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Vitória da Conquista (DRFR), com apoio da DRFR de Jequié, da Diretoria Regional de Polícia do Interior (Dirpin/Sudoeste), da 9ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Jequié) e da 10ª Coorpin/Vitória da Conquista.>
Os três seguem presos e à disposição da Justiça. A reportagem não localizou a defesa dos suspeitos. >