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Capivaras, patos e peixes ficam azuis após carreta derramar corante em córrego

Produto químico é usado para tingir embalagens

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 15 de maio de 2025 às 20:33

Animais foram tingidos com corante usado para colorir caixas de ovos
Animais foram tingidos com corante usado para tingir caixas de ovos Crédito: Reprodução/TV TEM/Redes Sociais

Um acidente causou o derramamento de corante no Córrego das Tulipas, em Jundiaí, no interior de São Paulo, nesta terça-feira (13). Capivaras, gansos e peixes foram encontrados com a coloração azul após o desastre ambiental.

O produto químico, que é usado para tingir embalagens e possui cheiro forte, caiu no córrego depois que a carreta que o transportava bater em um poste e derramar a substância. De acordo com a TV TEM, o caminhão se deslocou sozinho enquanto o motorista estava fora do veículo.

A ocorrência foi registrada no 1º Distrito Policial de Jundiaí. Uma perícia deve ser feita no local, mas ainda sem data definida. O Ministério Público também vai investigar o caso.

A Associação Mata Ciliar, uma organização dedicada à conservação da biodiversidade, informou que resgatou três gansos e um pato para realizar uma desintoxicação.

"Eles estão ativos e se alimentando. A nossa única preocupação é a respeito da substância, porque ainda não sabemos qual a composição dela. A primeira coisa que fizemos foi administrar o carvão ativado, que é uma substância porosa e ajuda a diminuir a toxicidade do produto. O segundo passo é realizar os banhos, já que o corante não sai tão fácil. É preciso retirar porque os patos e gansos limpam as penas com frequência e, neste processo, podem ingerir novamente o produto", explicou a médica veterinária da Mata Ciliar Yasmin Canja à TV TEM.

A empresa produtora do corante e responsável pelo transporte, a Farkon Indústria e Comércio Químico, foi procurada pela equipe de jornalismo da TV TEM, mas não retornou.

Quais são os impactos causados?

Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) o produto químico é composto por ácido acético e apresenta baixa toxicidade. O corante foi diluído ao entrar em contato com a água. As operações de limpeza devem ser realizadas pela prefeitura de Jundiaí com água morna, disse Domênico Tremaroli, gerente geral da Cetesb.

A Cetesb também informou que acompanha o atendimento à ocorrência e que "ações emergenciais foram adotadas para limpeza e contenção do produto". Segundo a companhia, o impacto ambiental é grande, mas deve ser amenizado pelos trabalhos de contenção da substância.

"Como o córrego deságua no Rio Jundiaí, a substância já chegou lá. Foram cerca de 2 mil litros de corante despejados na água. Com relação aos animais, não é esperado nenhum efeito maior do que apenas a tintura nas penas. Já na água, nós estamos trabalhando para diminuir o impacto”, explicou Domênico Tremaroli.