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Chefe do jogo do bicho é preso acusado de matar filho do bicheiro Piruinha

Marcelo Cupim foi detido em condomínio de luxo

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 30 de junho de 2025 às 10:53

Marcelo Cupim
Marcelo Cupim Crédito: Reprodução

Marcelo Simões Mesqueu, conhecido como Marcelo Cupim, foi preso nesta segunda-feira (30) em uma ação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Polícia Civil e Corregedoria da PM. Considerado um dos principais nomes do jogo do bicho na Zona Norte do Rio, esta é a segunda vez que ele é detido em menos de dois anos.

Desta vez, a prisão ocorreu devido às investigações sobre o assassinato do contraventor Haylton Carlos Gomes Escafura, filho do bicheiro José Caruzo Escafura, o Piruinha, em 2017. Na ocasião, a soldado Franciene de Souza, namorada de Haylton, também foi encontrada morta.

A operação cumpriu um mandado de prisão contra Cupim, expedido pela 4ª Vara Criminal da Capital, além de 15 mandados de busca e apreensão contra outros seis investigados, incluindo dois policiais militares. O bicheiro foi encontrado em sua mansão, localizada em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca.

Disputa por pontos do jogo do bicho

De acordo com as investigações, Cupim mantinha vínculos com Bernardo Bello, um dos principais nomes da contravenção no Rio, e havia assumido parte dos pontos de aposta que pertenciam a Piruinha. O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) aponta que Haylton teria tentado retomar o controle desses locais, o que teria motivado seu assassinato.

O Gaeco também investiga a possível participação de pistoleiros ligados ao chamado "Escritório do Crime" no caso.

Histórico criminal

Em novembro de 2023, Cupim já havia sido preso durante a Operação Fim da Linha, deflagrada um ano antes. Na ocasião, ele foi denunciado por organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro proveniente da exploração de jogos de azar.

Gravações autorizadas pela Justiça revelaram que Cupim era frequentemente acionado para evitar o fechamento de estabelecimentos alvo de denúncias. Segundo as investigações, ele atuava como intermediário junto a policiais corruptos para garantir a liberação desses locais.

Em um dos áudios interceptados, o bicheiro deixa claro seu domínio sobre uma área em Cascadura:

"A área é minha e pronto, acabou. Só você ver o mapa. Passando a rua, passando lá o nosso local, passando lá no final, pegando à esquerda da linha do trem, eu tenho vários negócios por lá. Então não pode parar ali, certo, naquela rua e depois continuar. Não existe isso", afirma ele na gravação.