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Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2016 às 11:57
- Atualizado há 3 anos
Bastante criticado pelos deputados que votaram contra o processo de impeachment na Câmara dos Deputados, o presidente da casa, Eduardo Cunha, afirmou que fez tudo "com isenção" e que não pode comemorar, já que o momento é do país é sério e grave. Neste domingo (17), os deputados aprovaram a abertura do impedimento da presidente Dilma Rousseff, que agora segue para o Senado. "Não estou feliz. Não acho que no momento que vai fazer abertura de processo de impedimento da presidente não é algo que tem que ser comemorado. Tudo isso é muito triste", afirmou Cunha logo após a sessão. Presidente da Câmara foi bastante criticado pelos deputados que votaram não contra o processo de impeachment (Foto: Agência Brasil)"Quanto mais tempo demorar, pior para o país. A máquina vai parar, o país vai parar a partir de amanhã. Fizemos nossa parte com toda a isenção possível", continuou. Cunha é alvo de processo no Conselho e Ética sob acusação de ter mentido que não tinha contas secretas no exterior durante depoimento à CPI da Petrobras na Câmara em 2015. Investigações da Operação Lava Jato, contudo, apontam que o peemedebista possui contas na Suíça que foram supostamente abastecidas por recursos desviados da estatal.A defesa de Cunha reitera que o parlamentar não mentiu. Ele não possui contas no exterior em seu nome, mas, sim, offshores. Os advogados insistem que os valores que o presidente da Câmara tem no exterior foram transferidos para trustes no passado.O Senado tem agora até o dia 11 de maio para votar o parecer da Comissão Especial. Caso o processo seja aceito, a presidente Dilma será afastada do cargo e o vice, Michel Temer, assume a função de forma interina. [[saiba_mais]] >