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Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2017 às 13:52
- Atualizado há 2 anos
A defesa dos empresários Joesley e Wesley Batista, controladores do grupo J&F, apresentou ao Tribunal Regional Federal (TRF) de São Paulo pedido de habeas corpus para os dois irmãos. O advogado Pierpaolo Bottini alega que a prisão de ambos é ilegal e arbitrária.>
Segundo Bottini, a prisão é irregular porque a liberdade dos dois não coloca em risco as apurações da Polícia Federal (PF) sobre a prática de crime contra o sistema financeiro.>
A PF investiga o uso de informação privilegiada pelo grupo para negociar dólares e ações dias antes da divulgação da delação premiada que envolvia o presidente Michel Temer. O grupo J&F teria comprado US$ 1 bilhão e vendido R$ 327 milhões em ações da JBS, enquanto a dupla negociava acordo com a Procuradoria-Geral da República.>
“As investigações existem e são do conhecimento dos executivos há meses, sem que jamais houvesse ato de obstrução de qualquer um deles”, diz nota divulgada por Bottini. “Ambos se apresentaram, prestaram depoimentos e entregaram os documentos requeridos. Não há indícios de que pretendam fugir”, informa o texto.>
Ainda segundo a defesa, a prisão é baseada em elementos que comprovam a inocência dos acusados e em documentos entregues à Justiça pelos próprios colaboradores, sem qualquer fato novo. "A investigação corre há meses, com plena participação dos investigados. Não há um elemento que sustente essa prisão, que além de ilegal e arbitrária, coloca em descrédito o instituto da colaboração", conclui Bottini.>
Atualmente, Wesley cumpre prisão preventiva na sede da Polícia Federal em São Paulo. Joesley está preso em Brasília, em prisão provisória, por suspeita de violação do acordo de delação premiada.>