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É falso que a filha do ministro Barroso mora nos EUA e será deportada

Luna Barroso mora no Brasil, estuda na USP e atua como advogada no Rio de Janeiro

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Carol Neves

  • Estadão

Publicado em 20 de julho de 2025 às 13:26

Luna e Luís Roberto Barroso
Luna e Luís Roberto Barroso Crédito: Reprodução

Informações falsas que circulam nas redes sociais afirmam que Luna van Brussel Barroso, filha do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, será deportada dos Estados Unidos. A alegação ganhou força após o anúncio de revogação de vistos de ministros do STF e seus familiares pelo secretário de Estado do governo Donald Trump, o senador Marco Rubio. No entanto, a informação não procede.

Luna Barroso não reside nos Estados Unidos. De acordo com dados disponíveis em seu perfil no LinkedIn, ela cursou pós-graduação na Universidade de Yale, em Connecticut, entre 2022 e 2023. Atualmente, vive no Brasil, onde é doutoranda em Direito Constitucional na Universidade de São Paulo (USP) e atua como advogada no escritório Barroso Fontelles, Barcellos, Mendonça Advogados, que tem sede no Rio de Janeiro.

A confusão surgiu após Rubio anunciar, na sexta-feira (18), a revogação dos vistos do ministro Alexandre de Moraes, seus aliados na Corte e seus familiares diretos. A declaração, publicada na plataforma X (antigo Twitter), não trouxe uma lista nominal, mas o jornal O Estado de S. Paulo apurou que a medida incluiria outros sete ministros além de Moraes: Luís Roberto Barroso, Flávio Dino, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Edson Fachin. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também estaria entre os afetados. Ficaram de fora da lista André Mendonça, Luiz Fux e Nunes Marques.

Rubio justificou a decisão dizendo que o governo Trump não permitirá que cidadãos estrangeiros que promovam censura interfiram na liberdade de expressão protegida nos Estados Unidos. Segundo ele, a atuação de Alexandre de Moraes em investigações contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro teria motivado a revogação dos vistos.

A medida foi celebrada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado e filho do ex-presidente. Em uma publicação no X, ele agradeceu a Trump e a Rubio e afirmou que outras ações contra autoridades brasileiras estariam a caminho. “Muito obrigado presidente Donald Trump e secretário Marco Rubio. Eu não posso ver meu pai e agora tem autoridade brasileira que não poderá ver seus familiares nos EUA também – ou quem sabe até perderão seus vistos”, escreveu, em tom provocativo.

O governo brasileiro reagiu por meio de nota oficial, classificando a atitude como inaceitável. Segundo o comunicado, a interferência de um país estrangeiro no funcionamento do Judiciário brasileiro fere os princípios básicos do respeito mútuo e da soberania entre nações.