Em live, Sérgio Reis chora e nega golpe contra STF: 'Não pedi que acabasse'

Cantor defendeu invasão ao STF para derrubar ministros. Esposa diz que ele passou mal com repercussão; Guarabyra recusa parceria

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  • Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2021 às 21:32

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

O cantor Sérgio Reis se manifestou após a repercussão de áudios onde defende golpe de estado no Brasil. Em uma live, realizado no domingo (15), com o influenciador bolsonarista Oswaldo Eustáquio, o cantor negou que tenha pedido o fim do STF. Segundo ele, seu pedido era favorável à investigação dos ministros, a partir do pedido do presidente Bolsonaro, que anunciou que nesta semana entregará pedidos de impeachment de membros da corte. "Eu não pedi que acabasse com nada, pedi que esses impeachment fossem estudados", diz Sérgio Reis em trecho da live que viralizou na noite desta segunda-feira. O cantor se emociona e chora em determinado momento do vídeo.   Ele voltou a defender o povo nas ruas no dia 7 de setembro em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. "Se o povo não for para as ruas no dia 7 de setembro, Brasília não vai fechar, então não vai adiantar nada. O Exército não pode fazer nada, o presidente não pode fazer nada, e nós não podemos fazer nada. Nós estamos fazendo a nossa parte", diz o sertanejo.

Ainda na entrevista, Reis defende Bolsonaro e diz que o presidente representa a vontade popular.

"Falam que o Bolsonaro é grosso. Ele fala o que o povo quer falar. O povo não tem como chegar lá e falar. Se fala, às vezes mandam prender. Eu nunca agredi ninguém e não quero também. Mas vou pedir que a família vá para a rua", defende Reis. Mais cedo, a mulher dele, Angela Bavini, conversou com a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, e diz que o marido não tem intenções golpistas e foi "mal interpretado".  "Ele está muito triste e depressivo porque foi mal interpretado. Ele quer apenas ajudar a população. Está magoado demais", afirma a mulher.  "O Sérgio foi induzido por pessoas que dizem estar em um movimento tranquilo. No fim, todo mundo vaza (some), e sobra para ele, que é uma celebridade", acusa. Ela diz que sempre foi contra o envolvimento do marido na política. "Ele é querido e amado pelo Brasil inteiro, de direita, de esquerda", acredita. No áudio, que circulou nas redes sociais, Sérgio Reis fala em pressionar para a remoção de ministros. "Se em 30 dias não tirarem os caras nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra. Pronto. É assim que vai ser. E a coisa tá séria", diz ele. Ele conta que teve uma reunião com o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e militares, informando o que planejava fazer. Diz ainda que não gastaria "um tostão" porque seria bancado.Guarabyra desiste de parceria com Sérgio Reis: "Incompatível"   Após a circulação do áudio, o músico Gutemberg Guarabyra, da dupla Sá e Guarabyra, desistiu da participação que faria no próximo disco de Sérgio Reis. Pelo Twitter, o músico avisou a recusa do convite para participar do próximo disco de Sérgio Reis. “De Sérgio Reis, sempre tive enorme admiração pelo trabalho, bom gosto, extrema musicalidade”, escreveu Guarabyra na rede social. “No disco dele que irá sair, inclusive participaria em uma faixa, gravação dele de Sobradinho. Mas me considero incompatível com seu posicionamento atual e infelizmente declino o convite", disse.  Em uma publicação na rede social, Guarabyra ironizou Sérgio Reis. "Agenda. Depois de salvar o país em setembro, em outubro Sérgio Reis será enviado ao Haiti. Resolvidas as coisas por lá, deverá seguir em novembro para o Afeganistão, caso a OTAN não tenha se mexido para estabilizar o país até lá", escreveu.