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Carol Neves
Publicado em 18 de agosto de 2025 às 13:25
Imagens obtidas por câmeras de segurança revelam que o empresário René da Silva Nogueira Junior voltou à rotina normalmente após matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, em Belo Horizonte (MG) no último dia 11. Os vídeos foram exibidos neste domingo (18) pelo programa Fantástico, da TV Globo. >
O homicídio aconteceu por volta das 9h. Cerca de uma hora e meia depois, Renê foi filmado caminhando e conversando com colegas no trabalho. Ele era diretor de uma empresa do setor alimentício. Ele permaneceu no local até o horário do almoço.>
Às 13h37, o empresário retorna para casa. Uma câmera de segurança registra o momento em que ele guarda uma arma dentro de uma mochila. Já por volta das 15h30, ele deixa o apartamento com os dois cachorros. Nas imagens, aparece usando as mesmas roupas com as quais foi detido horas mais tarde em uma academia. Na delegacia, ele foi reconhecido pelos garis como o atirador que matou Laudemir, o que ele negou. >
Empresário seguiu com rotina após matar gari
Segundo o Domingo Espetacular, da Record TV, Laudemir não trabalhava normalmente na rota onde foi assassinado. Naquele dia, ele havia trocado de turno para substituir um colega.>
A mãe do gari, Irany de Souza Fernandes, lamentou a morte do filho em entrevista ao Fantástico: "É uma dor que remédio nenhum cura", disse ela. "Ainda mais na situação dele. Um homem que estava trabalhando para sustentar a família.">
A esposa dele, Liliane, relembrou que ele acordava 2h30 para trabalhar. “Eu sou muito grata a Deus, porque Deus me emprestou o Lau. Deus me emprestou ele. Desde o dia que eu conheci ele, ele foi esse homem na minha vida, esse homem maravilhoso na minha vida”.>
Empresário mata gari em briga de trânsito
Arma do crime era da esposa do suspeito
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A Polícia Civil confirmou que a arma usada no assassinato pertencia à delegada Ana Paula Balbino Nogueira, esposa de Renê. A pistola foi apreendida na residência do casal no mesmo dia do crime.>
Ana Paula continua atuando como delegada e está sendo investigada pela Subcorregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais. De acordo com o delegado Saulo Castro, responsável pela investigação, ela não é considerada suspeita de participação no crime. A corregedoria apura se houve negligência ou prevaricação por parte da delegada, por possível descuido na guarda do armamento.>
Renê segue preso desde o dia 11. Embora negue ter cometido o assassinato, a polícia afirma que há "uma gama de provas" que o colocam na cena do crime, incluindo o carro elétrico de luxo que ele dirigia. Ele foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça. Se condenado, pode pegar até 30 anos de prisão.>