Filho de Flávio Dino morreu aos 13 anos após crise de asma; entenda o que aconteceu

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, compartilhou em seu perfil no Instagram, nesta sexta-feira (10), que venceu na Justiça uma ação contra o Hospital Santa Lúcia, em Brasília, por "erro médico" na morte do seu filho Marcelo Dino. Nos comentários, além das mensagens de solidariedade a Dino e sua família, alguns usuários também compartilharam a surpresa em saber sobre a perda do ministro. "As vezes vemos a grandiosidade de uma pessoa e não imaginamos o que já pode ter passado", escreveu uma seguidora.

Marcelo Dino morreu em 2012, aos 13 anos, depois de dar entrada na unidade de saúde após uma crise de asma. Dino e família residiam em Brasília porque ele exercia o cargo de presidente da Embratur.

O adolescente foi internado no dia 13 de fevereiro. Ele foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de acordo com uma nota divulgada pelo hospital na época. Ainda segundo o comunicado, Marcelo foi estabilizado, mas relatou dificuldade para respirar durante a madrugada.

Horas depois de chegar ao hospital, o adolescente morreu, às 7h do dia 14 de fevereiro. A nota do Santa Lúcia também acrescentou que as equipes tentaram reverter a crise, mas o garoto não resistiu.

Para os pais, Dino e a ex-esposa Deane Fonseca, houve erro médico. Eles entraram com uma ação na Justiça alegando que a médica plantonista da UTI pediátrica tinha abandonado o posto, o que resultou na demora no atendimento adequado ao adolescente.

A Polícia Civil do Distrito Federal chegou a abrir um inquérito na época para investigar a morte de Marcelo. Uma médica e uma enfermeira auxiliar foram indiciadas por "prática de homicídio culposo". Mas, foram absolvidas das acusações "por insuficiência de provas, com fundamento no art. 386, VII, do Código de Processo Penal".

Ao anunciar a vitória na Justiça, o ministro do STF revelou, também, que vai doar o valor. Ele e a ex-esposa vão receber a quantia de R$ 1,2 milhão de acordo com a sentença.

"A 'indenização' que foi paga por essa gente não nos interessa e será integralmente doada. O que importa é o reconhecimento da culpa do hospital. Espero que essa decretação de responsabilidade tenha resultado no fim dos péssimos procedimentos do hospital Santa Lúcia, que levaram à trágica e evitável morte de uma criança de 13 anos", explicou.

Ele também destacou que a decisão pode ajudar outras famílias. "Conto essa triste história para que outras famílias, também vítimas de negligências profissionais e empresariais, não deixem de mover os processos cabíveis. Nada resolve para nós próprios, mas as ações judiciais podem salvar outras vidas", disse.