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Monique Lobo
Agência Brasil
Publicado em 10 de outubro de 2025 às 19:01
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, e a ex-esposa, Deane Fonseca, venceram uma batalha judicial que levou mais de 13 anos e vão receber uma indenização de R$ 1,2 milhão do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, pela morte do filho do casal Marcelo Dino, em 2012. >
A ação movida pelo casal apontou "erro médico" do hospital. "Depois de 13 anos e 6 meses de tramitação, a ação judicial que movemos contra o citado hospital Santa Lúcia resultou na sua condenação, com trânsito em julgado", revelou Dino, em uma postagem no Instagram.>
Veja registros de Marcelo Dino, filho de Flávio Dino, e a família
Segundo o ministro, ele e a ex-esposa vão doar o valor. "A 'indenização' que foi paga por essa gente não nos interessa e será integralmente doada. O que importa é o reconhecimento da culpa do hospital. Espero que essa decretação de responsabilidade tenha resultado no fim dos péssimos procedimentos do hospital Santa Lúcia, que levaram à trágica e evitável morte de uma criança de 13 anos", acrescentou. >
Ele também destacou que a decisão pode ajudar outras famílias. "Conto essa triste história para que outras famílias, também vítimas de negligências profissionais e empresariais, não deixem de mover os processos cabíveis. Nada resolve para nós próprios, mas as ações judiciais podem salvar outras vidas", disse. >
Marcelo Dino deu entrada no Hospital Santa Lúcia em 13 fevereiro de 2012, com uma crise asma. O menino, que tinha 13 anos na época, morreu menos de 24 horas, às 7h do dia 14 de fevereiro. >
De acordo com uma nota divulgada pelo hospital na época, a criança foi encaminhada diretamente para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo estabilizada, mas relatou dificuldade para respirar durante a madrugada. Ainda segundo a unidade de saúde, as equipes tentaram reverter a crise, mas o garoto acabou não resistindo e morreu.>
Os pais do menino processaram o hospital e alegaram que a médica plantonista da UTI pediátrica tinha abandonado o posto, o que resultou na demora no atendimento adequado ao adolescente.>