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Flavia Azevedo
Publicado em 10 de outubro de 2025 às 23:24
O número de brasileiros que vivem em domicílios com insegurança alimentar grave - situação em que a falta de alimentos é uma experiência diária para toda a família - caiu 23,5% em 2024, passando de 8,47 milhões em 2023 para 6,48 milhões. Segundo o levantamento divulgado nesta sexta-feira (10) pelo IBGE, essa redução representa cerca de dois milhões de brasileiros que superaram a fome no último ano. >
Apesar do recuo, 18,9 milhões de famílias ainda enfrentam algum grau de insegurança alimentar, um número que representa uma redução de 2,2 milhões de lares em relação a 2023. A parcela de domicílios em insegurança alimentar caiu de 27,6% para 24,2%, enquanto a proporção de domicílios em segurança alimentar aumentou de 72,4% para 75,8%. A insegurança alimentar moderada - caracterizada pela falta de qualidade e redução na quantidade de alimentos apenas entre adultos - atingiu 9,795 milhões de pessoas em 2024, ante 11,662 milhões no ano anterior. >
Alimentos ainda faltam na mesa de milhões de brasileiros
Por regiões, a situação é mais grave no Norte e Nordeste, onde 37,7% e 34,8% dos lares estão em insegurança alimentar, sendo que o nível grave chega a 6,3% e 4,8%, respectivamente. No Sul, o índice é de 13,5%, enquanto Sudeste, Centro-Oeste e demais regiões apresentam taxas intermediárias. >
Em números absolutos, o Nordeste concentra 7,2 milhões de domicílios afetados, seguido pelo Sudeste (6,6 milhões), Norte (2,2 milhões), Sul (1,6 milhão) e Centro-Oeste (1,3 milhão). Entre 2023 e 2024, a maioria dos estados apresentou melhora na insegurança alimentar, com exceção de Roraima, Distrito Federal, Amapá e Tocantins, que registraram aumento. Nove estados tiveram menos de 20% dos domicílios nessa condição.>
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Por Flavia Azevedo com agências>