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Papa recebe jornalistas, defende liberdade de imprensa e alerta sobre manipulação digital

O Santo Padre ressaltou que a informação deve ser considerada um bem público e que a aliança entre cidadãos e jornalistas fortalece “um círculo virtuoso que beneficia o corpo social”

  • Foto do(a) author(a) Flavia Azevedo
  • Flavia Azevedo

Publicado em 9 de outubro de 2025 às 21:06

A eleição do Papa Leão XIV mostrou que a cultura organizacional deve estar focada num processo estratégico que começa bem antes de qualquer cadeira ser desocupada
Papa Leão XIV Crédito: Divulgação/Vaticano

O Papa Leão XIV recebeu ontem (9) os participantes da 39ª Conferência da Associação MINDS International, rede global de agências de notícias dedicada à inovação e ao desenvolvimento digital da comunicação. Em seu discurso no Palácio Apostólico, o Pontífice destacou a responsabilidade ética dos meios de comunicação, a defesa da verdade e o papel essencial das agências de notícias “na formação das consciências e do pensamento crítico”, pedindo discernimento e responsabilidade diante dos desafios da era digital. Ele chamou atenção para o paradoxo de uma época marcada pela abundância de informação, mas também por uma crise profunda na confiança e na qualidade do jornalismo.

O Santo Padre ressaltou que a informação deve ser considerada um bem público e que a aliança entre cidadãos e jornalistas fortalece “um círculo virtuoso que beneficia o corpo social”. Ele lembrou o esforço de repórteres que arriscam a vida para levar a verdade ao mundo, afirmando: “A informação é um bem público que todos devemos proteger. (...) Todos os dias há repórteres que se arriscam pessoalmente para que as pessoas possam saber como as coisas realmente são”.

Em seu primeiro encontro com jornalistas após o Conclave, Leão XIV reafirmou o direito à informação livre: “Ser jornalista nunca pode ser considerado um crime, mas sim um direito a ser protegido”. Em sua fala, também alertou sobre os riscos da manipulação digital e pediu atenção para que a tecnologia não substitua o papel humano na comunicação.

O Papa defendeu a necessidade de proteger a comunicação contra degradação e manipulação, mencionando a importância de empresários e engenheiros corajosos para manter a qualidade da informação: “O serviço de vocês é precioso e deve ser um antídoto contra a proliferação da chamada ‘informação-lixo’; portanto, exige competência, coragem e senso ético”.

Papa Leão XIV no Peru por Reprodução

Em relação à responsabilidade global, Leão XIV citou Hannah Arendt, alertando que “o súdito ideal do regime totalitário não é o nazista convicto nem o comunista convicto, mas a pessoa para quem já não há diferença entre realidade e ficção”. Ele concluiu pedindo aos jornalistas que não vendam a autoridade moral e reforçou que o trabalho paciente e rigoroso pode ser uma barreira contra quem utiliza a mentira para dividir e governar.

Siga no Instagram: @flaviaazevedoalmeida

Por Flavia Azevedo com agências