Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Vacina 100% brasileira contra covid-19 avança para fase final de estudos

A vacina utiliza imunidade celular, preparando as células para não serem infectadas

  • Foto do(a) author(a) Flavia Azevedo
  • Flavia Azevedo

Publicado em 9 de outubro de 2025 às 20:46

Dia D de vacinação contra a gripe
Estudos entram em última fase Crédito: Divulgação

O Brasil está próximo de ter uma vacina contra a covid totalmente nacional. O país publicou o primeiro artigo científico sobre os resultados dos testes de segurança da vacina SpiN-TEC, demonstrando que o imunizante é seguro. A vacina segue agora para a fase final de estudos clínicos, com expectativa de disponibilidade para a população até o início de 2027.

O imunizante foi desenvolvido pelo Centro de Tecnologia de Vacinas (CT-Vacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), gerido pela Finep. Segundo o pesquisador e coordenador do CT-Vacinas, Ricardo Gazzinelli, a SpiN-TEC apresentou até menos efeitos colaterais do que a vacina da norte-americana Pfizer.

Vacinação contra a gripe e Covid-19 por Leonardo Rattes / Saúde GovBA

"Concluímos que a vacina se mostrou imunogênica, ou seja, capaz de induzir a resposta imune em humano. O estudo de segurança foi ampliado e ela manteve esse perfil, na verdade foi até um pouco mais, induziu menos efeitos colaterais do que a vacina que nós usamos, que é da Pfizer", diz Ricardo Gazzinelli.

A vacina utiliza imunidade celular, preparando as células para não serem infectadas. Caso haja infecção, o sistema imunológico destrói apenas as células afetadas. Ensaios em animais e dados preliminares em humanos indicam eficácia contra variantes da covid-19.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) investiu R$ 140 milhões, apoiando todas as etapas de testes, desde pré-clínicos até as fases clínicas 1, 2 e 3. A fase 1 contou com 36 voluntários de 18 a 54 anos e avaliou segurança em diferentes dosagens, e a fase 2 teve 320 voluntários. A fase 3 aguarda autorização da Anvisa, com estimativa de 5,3 mil participantes em todo o Brasil.

"O que nós não temos é exatamente essa transposição da universidade para o ensaio clínico, né? Não temos exemplo disso feito no Brasil. Os ensaios clínicos normalmente são com produtos vindo de fora. Ideias, vacinas idealizadas fora. E esse foi um exemplo de uma vacina idealizada no Brasil e levada para os ensaios clínicos", explica Gazzinelli.

O pesquisador destaca ainda que o projeto representa um marco para o país, que possui "um ecossistema de vacinas quase completo", incluindo pesquisa universitária, produção e distribuição pelo SUS. O CT-Vacinas também desenvolve vacinas contra malária, leishmaniose, chagas e monkeypox.

Siga no Instagram: @flaviaazevedoalmeida

Por Flavia Azevedo com agências