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Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2018 às 14:28
- Atualizado há 2 anos
Os gastos dos bancos com tecnologia, seja com investimentos ou despesas, no ano passado totalizaram R$ 19,5 bilhões, representando uma alta de 5% em relação a 2016, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 3, pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), realizada em parceria com a consultoria Deloitte. Dessa forma, houve uma retomada no aumentos dos gastos, por parte dos bancos, após dois anos em queda: 2016, de R$ 18,6 bilhões, e 2015, com R$ 19,1 bilhões. Os valores, porém, seguem abaixo do recorde registrado em 2014, de R$ 21,4 bilhões>
Apenas os investimentos dos bancos em 2017 atingiram R$ 6 bilhões, representando um incremento de 13% frente a 2016. Desse total, os aportes em software somaram R$ 3,5 bilhões, seguido por hardware (R$ 2,2 bilhões) e telecom (R$ 300 milhões). Pelo lado das despesas com tecnologia, houve crescimento de 1,5%, para R$ 13,5 bilhões, puxado pelos gastos com softwares (R$ 6,3 bilhões), hardware (R$ 4,1 bilhões) e telecom (R$ 3,1 bilhões).>
Em relação aos canais, a pesquisa apurou um aumento de 10% no total de transações, que somaram 71,8 bilhões de movimentações bancárias. Este crescimento foi liderado pelos canais digitais, com alta de 30%. No ano passado, foram 25,6 bilhões de transações por meio do mobile banking, ante 18,6 bilhões registradas em 2016, alta de 37,6%. Enquanto isso, as transações com internet banking aumentaram 2%, para 15,5 bilhões. Na sequência aparecem as movimentações por meio de autoatendimento (9,9 bilhões), pontos de venda no comércio (9,4 bilhões) e agências bancárias (5,5 bilhões).>
De acordo com a pesquisa, 59 milhões de clientes utilizaram contas com mobile banking nos últimos seis meses, frente a 40 milhões de 2016 e 33 milhões de 2016. Já os clientes com internet banking somaram 59 milhões no ano passado, ante 46 milhões em 2016 e 42 milhões em 2015.>
Por outro lado, ocorreu uma redução no total de agências tradicionais no País, que ao final do ano passado somavam 21,8 mil unidades, ante 23,4 mil em 2016 e 22,9 mil de 2015. Junto com esse movimento, houve um decréscimo no total de caixas eletrônicos, que encerrou 2017 com aproximadamente 170 mil autoatendimentos, contra 176 mil de 2016 e 182 mil de 2015.>
Já o total de agências digitais saltou de 101 em 2016 para 373 em 2017. Para dar conta desse aumento, cerca de 80% dos bancos investem em tecnologias como inteligência artificial ou computação cognitiva.>
Em relação ao outros países, em dólares, os gastos com tecnologia aumentarem 15%, acima da média global, de 3,6%. Assim como no mundo, o governo lidera os dispêndios com tecnologia bancária no Brasil, com uma fatia de 15% dos aportes, ante 16% na média de outros países.>
A pesquisa contou com a participação de 24 bancos em 2017, frente a 17 instituições financeiras em 2016. Segundo o levantamento, a amostra da pesquisa representou 91% dos ativos da indústria bancária. >