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Rede Nordeste, O Povo
Publicado em 19 de fevereiro de 2024 às 17:26
Um homem de 48 anos foi detido na madrugada deste domingo, 18, transportando 27 cavalos que seriam destinados para um abatedouro ilegal para fabricação de embutidos. A prisão ocorreu em Aral Moreira, município do Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com o Paraguai.
A força-tarefa foi montada no domingo para monitorar a rodovia MS-386 visando impedir o abate ilegal dos animais. Segundo informações da polícia para a CNN, as carnes dos cavalos seriam utilizadas na produção de mortadela e salsicha no Paraguai.
Durante a operação, foram apreendidos 27 cavalos, sendo 13 fêmeas e 14 machos. A Polícia Civil estima que o homem realizava, em média, quatro viagens até o assentamento por mês.
Todos os animais foram comprados no interior de São Paulo pelo valor total de R$ 8.100 reais. O suspeito alega que ele adquiria e revendia os cavalos pelo valor de R$ 21,6 mil.
Maus-tratos aos animais
Segundo os veterinários da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), os cavalos eram transportados em gaiola metálica sem piso emborrachado, forma inadequada de transporte recomendado pelo Ministério da Agricultura.
O órgão constatou também que os animais estavam debilitados e com lesões recentes causadas por arreios/selas. Em uma fiscalização anterior foram apreendidos 28 animais.
Carne de cavalo faz mal?
Os animais são considerados espécies de açougue no Brasil (art. 10 do Decreto 9.013, de 2017). A carne pode ser consumida desde que os animais sejam abatidos em estabelecimentos sob inspeção veterinária, mas a prática do consumo não é comum no País.
A carne de cavalo não faz mal e é muito consumida por franceses, belgas, italianos e japoneses, na forma, por exemplo, de embutidos e misturada a carnes de porco e outros tipos.