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Rede Nordeste, O Povo
Publicado em 23 de janeiro de 2023 às 10:15
O homem que destruiu o relógio de Balthazar Martinot, que ficava no Palácio do Planalto, foi identificado pela Polícia Federal. O relógio do século XVII foi jogado no chão por Cláudio Emanoel da Silva Gomes, que ainda atirou um móvel sobre o artefato, no dia 8 de janeiro, durante os atos golpistas no Distrito Federal.>
Cláudio ainda não foi preso, mas o rosto foi captado em imagens nas câmeras de segurança do Palácio do Planalto, inclusive no momento em que destruiu o relógio, e também foi visto em fotos na Praça dos Três Poderes, atirando um objeto em direção ao Palácio.>
O relógio de Balthazar Martinot é datado do século 17 e foi trazido ao Brasil pelo imperador Dom João VI em 1808. Foi um presente da corte francesa, Balthazar Martinot, o fabricante da peça, era relojoeiro do rei Luís XIV. Existem apenas dois medidores desse autor — o outro está exposto no palácio de Versalhes, na França, mas tem metade do tamanho do que estava exposto em Brasília.>
Cláudio Emanoel da Silva Gomes ainda vestia uma camisa preta estampada com o rosto de Jair Bolsonaro (PL) e com os escritos “Bolsonaro Presidente”. O acusado retirou os ponteiros e uma estátua de Netuno, que era fixada à obra de arte. A gravação foi exibida domingo passado pelo Fantástico.>
Logo após destruir o relógio, o homem tentou quebrar a câmera de segurança do corredor, na tentativa de encobrir o crime. Segundo o site Goiás24h, Cláudio foi identificado por um vizinho dele em Catalão, município de Goiás. De acordo com a pessoa, o suspeito recebia R$ 150 por dia para atuar no QG bolsonarista no município.>
Em vídeo publicado um dia após a eleição, ele aparece no bloqueio de uma rodovia, ajoelhado, no meio do asfalto, sob chuva, tentando impedir a passagem de caminhões.>