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Influenciador de Pokémon com 1 milhão de seguidores é preso suspeito de exploração sexual de crianças e estupro

Conhecido como Capitão Hunter, ele foi denunciado por família de menina de 13 anos

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 22 de outubro de 2025 às 11:15

Capitão Hunter
Capitão Hunter Crédito: Divuçgação

Um youtuber famoso no universo Pokémon, conhecido como Capitão Hunter, foi preso temporariamente nesta quarta-feira (22) acusado de exploração sexual de crianças e adolescentes. A operação que prendeu João Paulo Manoel, de 45 anos, foi deflagrada pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) do Rio de Janeiro, com apoio de policiais civis de São Paulo. A prisão foi cumprida na cidade de Santo André, na Grande São Paulo.

O magistrado da Vara especializada em crimes contra a criança e o adolescente do Rio de Janeiro foi quem decretou a prisão. Além da detenção, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços vinculados ao influenciador digital.

A reportagem não localizou a defesa do influenciador.

Capitão Hunter por Reprodução

Abuso Virtual e falsa amizade

As investigações têm como ponto de partida a denúncia feita pela família de uma menina de 13 anos. De acordo com o relato, o youtuber conheceu a vítima em 2023, durante um evento de Pokémon realizado no Norte Shopping, no Rio. Na época, a garota tinha 11 anos.

Após o encontro, eles passaram a se comunicar via internet por aplicativos como Discord e WhatsApp. O influenciador, conforme a polícia, teria conquistado a confiança dos pais ao prometer apoiar a carreira da menina no mundo dos jogos online de Pokémon.

No entanto, a relação tomou um rumo criminoso. A adolescente narrou à polícia que o homem fez videochamadas nas quais exibiu suas partes íntimas para ela. Ele também teria solicitado que a menina mostrasse seu corpo. Em mensagens obtidas pela família, ele justificou o ato com a frase: "Amigos fazem isso, mostram a bunda um para o outro, isso são coisas de amigos e você é minha melhor amiga".

Segundo as investigações, o acusado oferecia cartas e bichos de pelúcia de Pokémon em troca de conteúdos de cunho sexual. A polícia apurou que ele enviou fotos de seu pênis em duas ocasiões pelo WhatsApp e outras duas vezes pelo Discord, aparecendo de cueca com as partes íntimas expostas.

"Elevado Grau de Periculosidade"

O inquérito policial, ao qual a reportagem teve acesso, descreve João Paulo Manoel como “um abusador com elevado grau de periculosidade”. O documento destaca que ele usava seu perfil influente para atrair a confiança de crianças e adolescentes, assediando-os e coagindo-os a praticar atos libidinosos.

A delegada responsável pelo caso afirmou no relatório que a liberdade do agente representava um risco, já que sua forma de atuação indicava que a prática era recorrente. O youtuber, que é focado em conteúdos sobre cartas e pelúcias de Pokémon, possui uma base de mais de um milhão de seguidores nas redes sociais.

Como parte da investigação, a Justiça autorizou a quebra de sigilo de dados do investigado. Todos os equipamentos eletrônicos apreendidos, como computadores e celulares, serão periciados pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).