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Itaú demite mil funcionários que trabalhavam em home office; saiba o que está por trás das dispensas

O sindicato da categoria criticou a medida e lamentou o fato dos trabalhadores terem sido dispensados sem advertência prévia

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 08:10

Itaú
Itaú Crédito: Shutterstock

O Itaú demitiu cerca de mil funcionários que atuavam em regime híbrido ou remoto nessa nesta segunda-feira (8). De acordo com informações do Sindicato dos Bancários, a medida foi tomada após a instituição financeira avaliar a produtividade dos colaboradores no home office. Embora não confirme o número de demitidos, o Itaú informou, por meio de nota, que a decisão foi tomada após uma “revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada”. As informações são do G1.

O banco teria constatado uma incompatibilidade entre as atividades registradas nas plataformas e o registro de ponto dos trabalhadores — o que indicaria, na prática, que as horas efetivamente trabalhadas não estavam sendo registradas corretamente. "Em alguns casos, foram identificados padrões incompatíveis com nossos princípios de confiança, que são inegociáveis para o banco", disse a instituição. Ainda de acordo com o Itaú, a medida faz parte de um "processo de gestão responsável" e tem o objetivo de "preservar nossa cultura e a relação de confiança que construímos com clientes, colaboradores e a sociedade.”

O sindicato da categoria criticou a medida e lamentou o fato dos trabalhadores terem sido dispensados sem advertência prévia e sem diálogo com a entidade, "num claro desrespeito aos bancários e à relação com o movimento sindical". Diretor do sindicato e funcionário do Itaú, Maikon Azzi explicou, por meio de nota, que o banco afirma que os desligamentos se baseiam em registros de inatividade nas máquinas corporativas, em alguns casos, períodos de quatro horas ou mais de suposta ociosidade.

"Consideramos esse critério extremamente questionável, já que não leva em conta a complexidade do trabalho bancário remoto, possíveis falhas técnicas, contextos de saúde, sobrecarga, ou mesmo a própria organização do trabalho pelas equipes”, afirmou. Segundo o dirigente do sindicato, o banco não tentou conversar com os funcionários ou corrigir condutas. "Nem mesmo [deu] oportunidade para que os empregados pudessem se defender."

O Itaú já tinha cortado 518 postos de trabalho nos últimos 12 meses, reduzindo o quadro para 85.775 funcionários, segundo informações do sindicato da categoria A entidade informou ainda que procurou o banco para pedir esclarecimentos sobre as novas demissões e que cobrará a reposição das vagas. Para a presidente do sindicato, Neiva Ribeiro, com o lucro nas alturas, o banco não tem nenhuma justificativa para demitir. "É inaceitável que uma instituição que registra lucros bilionários promova demissões em massa sob a justificativa de ‘produtividade’", declarou.