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Jornalista presa por homofobia faz novos ataques um dia após deixar prisão: 'Boiola depilada'

Adriana Catarina Ramos de Oliveira atacou moradores de seu condomínio em São Paulo

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 17 de junho de 2025 às 08:31

Adriana Catarina Ramos de Oliveira
Adriana Catarina Ramos de Oliveira Crédito: Reprodução

A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, 61 anos, voltou a protagonizar um episódio de homofobia, desta vez dentro de um condomínio na região central de São Paulo, na segunda-feira (16). A nova ocorrência se deu menos de 24 horas depois de ela ter sido libertada da prisão, onde ficou detida em flagrante por proferir xingamentos homofóbicos contra um homem em uma cafeteria no Shopping Iguatemi, no sábado (14).

"É revoltante saber que essa mulher foi solta depois de cometer um crime e voltou a agir com ódio e intolerância, agora diretamente comigo e meus amigos", relatou Gustavo Leão, analista de comunicação e uma das vítimas no condomínio, em entrevista ao G1."Isso é a prova de que a impunidade alimenta o preconceito", completou.

Gustavo afirmou que Adriana estava gritando no corredor que naquele prédio "só moram bicha, gay e homossexual". Um morador pediu respeito, o que intensificou as ofensas. "Meu amigo abriu a porta e pediu respeito. A vizinha da frente também saiu para ver o que acontecia. Ele desceu com ela no elevador para avisar a administração. Eu estava no térreo recebendo uma encomenda", contou.

Ao perceber a movimentação, Gustavo começou a gravar o comportamento da mulher. Nas imagens, ela aparece debochando e proferindo frases como: "Eu vou fazer musculação para dar o c...", "Boiola depilada", "Olha a gaiola das loucas", e "Dá o c..., boiola". Em outro momento, chegou a afirmar que Gustavo e outros dois homens "faziam sexo a noite toda", quando foi confrontada por um deles. "Os três?! Me respeita, me respeita! Nossa senhora", reagiu.

Adriana Catarina Ramos de Oliveira já trabalhou em afiliada da Globo por Reproduçao

No sábado (14), Adriana foi presa em flagrante após chamar o homem Gabriel Galluzzi Saraiva, de 39 anos, de "bicha nojenta" no Shopping Iguatemi, também em São Paulo. A confusão ocorreu em uma cafeteria e foi registrada em vídeo por frequentadores do local. Na delegacia, ela também ofendeu policiais civis, recusou-se a assinar documentos e não colaborou com os procedimentos legais.

O boletim de ocorrência relatou que, enquanto esteve detida, a jornalista "continuou a fazer ofensas contra os policiais civis", negando-se a cumprir ordens relacionadas à sua prisão. Ela foi solta no domingo (15) após audiência de custódia, mediante o cumprimento de medidas cautelares, como não frequentar novamente o shopping onde o ataque ocorreu.

Etarismo

A jornalista alegou que Gabriel e seus amigos teriam rido dela enquanto falava ao telefone e foram etaristas. Ela disse estar ansiosa por uma cirurgia no joelho e que foi provocada. "Eles estavam rindo de mim, falaram que eu tinha que ser anestesiada \[...] Aí, ele se manifestou, disse 'fala baixo', 'cala a boca'. Houve aquela confusão na hora, eu chamei ele de 'boiola'. Xinguei mesmo. Ele já tinha me xingado de 'velha'. (...) Sim, me arrependo", disse à TV Globo.

Gabriel, por sua vez, afirmou que Adriana falava alto e se exaltou quando foi convidada a se acalmar. "Ela começou a me atacar diretamente", contou. A versão foi confirmada por uma testemunha que também estava no local "Ela começou a falar um monte, ofender ele de todos os jeitos, falar 'pobre', 'bicha', todas as palavras de baixo calão possíveis", relatou.

Em nota, o Shopping Iguatemi lamentou o ocorrido, informou ter prestado apoio às autoridades e reafirmou que "o respeito à diversidade — em todas as suas formas — é um valor inegociável", repudiando qualquer ato de discriminação.