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Perla Ribeiro
Publicado em 24 de outubro de 2025 às 13:00
A Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, movimento político de dimensão global, acaba de lançar seu jingle oficial, intitulado “Mete Marcha Negona Rumo ao Infinito”. A música foi composta e interpretada pela cantora baiana Larissa Luz, conhecida pela mistura de ritmos afro-brasileiros, soul e MPB, além do engajamento em pautas relacionadas à cultura negra, identidade e empoderamento feminino. Indicada ao Grammy Latino em 2016, Larissa é o talento que dá vida ao jingle, que conta com a realização do Festival Latinidades, em parceria com o Comitê Nacional Impulsor da Marcha. >
“Quando recebi o convite para fazer o jingle, não pensei duas vezes. Tem tudo a ver com o meu propósito com a arte, que é transformar o nosso meio social através dela. Fazer da arte uma ferramenta de emancipação, de crescimento e de fortalecimento do nosso povo sempre foi uma premissa de vida pra mim. Estar à frente do jingle da marcha dialoga com tudo isso de uma forma muito especial, principalmente por se tratar de um recorte ao qual eu pertenço: o das mulheres negras”, afirma Larissa Luz.>
Além da cantora, a dançarina e coreógrafa carioca Aline Maia, popular pela colaboração com artistas como Anitta, Iza e L7nnon, em trabalhos voltados para a valorização da estética e expressão negras, dá corpo ao clipe promocional da canção. “Eu danço por nós. Por cada mulher preta que se move com força, beleza e propósito!”, declarou Aline Maia, nas redes sociais. E embora a música seja uma convocação política, também funciona como uma forma de relembrar como arte e cultura são combustíveis necessários para todas aquelas que sonham com uma sociedade mais justa. >
Como lembra Larissa Luz na composição: “Toda mulher negra move o mundo”. Em cada estrofe do jingle, a certeza de que é possível reunir um milhão de mulheres em Brasília, no dia 25 de novembro, quando acontece a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver. >
A Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver é um movimento construído por mulheres negras de todo o Brasil e de mais de 40 países do mundo, de diferentes gerações, territórios e realidades sociais, que se organiza de forma autônoma e coletiva. Surgida como desdobramento da primeira marcha nacional de 2015, a iniciativa busca resgatar e fortalecer uma agenda que une memória, luta antirracista e demandas contemporâneas. Em 25 de novembro de 2025, a marcha volta a ocupar Brasília (DF) com o objetivo de reafirmar pautas de reparação histórica e construir um futuro pautado pelo “Bem Viver”.>