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Lula diz na ONU que Brasil não negocia a democracia e critica sanções externas

Presidente também disse que 'nada justifica o genocídio em Gaza'

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 23 de setembro de 2025 às 12:17

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Crédito: Ricardo Stuckert/Presidência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pronunciamento nesta terça-feira (23) na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, com mensagens direcionadas indiretamente ao governo dos Estados Unidos e ao presidente Donald Trump. Lula destacou que a democracia brasileira é "inegociável" e classificou como "inaceitável" qualquer agressão ao Judiciário. Ele também criticou "falsos patriotas" e deixou claro que não haverá impunidade para quem atenta contra a democracia.

No discurso, o presidente reforçou que o Brasil transmitiu uma mensagem global ao condenar Jair Bolsonaro por tentativa de golpe e enfatizou a importância de defender a soberania do país. "Mesmo sob ataque sem precedentes, o Brasil optou por resistir e defender sua democracia reconquistada há 40 anos pelo seu povo depois de duas décadas de governos ditatoriais", afirmou.

Lula também abordou temas internacionais, defendendo a regulação das redes sociais, condenando o genocídio em Gaza e chamando atenção para as mudanças climáticas. O presidente convidou líderes mundiais a participarem da COP30, que será realizada em Belém (PA).

A fala do presidente brasileiro ocorre no dia seguinte a uma nova rodada de sanções do governo americano contra cidadãos do Brasil, incluindo a revogação do visto de Jorge Messias, advogado-geral da União, e sanções financeiras a Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, com base na lei Magnitsky. Todos os bens de Viviane nos Estados Unidos foram bloqueados, bem como empresas ligadas a ela.

Sem citar os EUA diretamente, Lula criticou políticas externas e tarifárias que, segundo ele, desrespeitam a soberania de países e afetam a economia global. "Assistimos à consolidação de uma desordem internacional marcada por seguidas concessões à política do poder. Atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando a regra", declarou.

O episódio marca um dos momentos de maior tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos nas últimas décadas, intensificada pelo sobretaxamento de produtos brasileiros pelo governo americano e pelas tentativas de Trump de interferir no julgamento do ex-presidente Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal.