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Carol Neves
Publicado em 2 de dezembro de 2025 às 09:39
A Polícia Militar registrou como filicídio seguido de suicídio a morte de uma mulher de 32 anos e de sua filha de 7 anos, ocorrida na tarde desta segunda-feira (1º), no centro de Belo Horizonte (MG). As duas caíram do 10º andar de um hotel situado entre as ruas dos Caetés e Espírito Santo e morreram no local. As informações são do Estado de Minas.>
O que levou à tragédia começou a ser esclarecido após o depoimento da filha mais velha, de 13 anos, que estava hospedada junto com a mãe e a irmã. A adolescente afirmou que, no quarto do hotel, a mulher disse que ela teria apenas duas alternativas: “tomar um remédio para morrer ou se jogar do hotel”. A jovem recusou. Segundo o relato, logo depois a mãe teria dado um medicamento à filha de 6 anos antes de arremessá-la pela janela. Em seguida, também pulou.>
A adolescente contou ainda que a mãe já havia mencionado outras vezes a intenção de tirar a própria vida.>
Sinais de alerta não devem ser ignorados
Antes de se hospedar no hotel, a mulher havia discutido com o marido em um bar na noite de domingo (30). Após o desentendimento, o homem voltou para casa, enquanto ela se dirigiu ao estabelecimento com as duas filhas. A administração do hotel confirmou que as três estavam hospedadas desde então e que não havia mais ninguém no quarto.>
Inicialmente, chegou a ser levantada a possibilidade de o pai da criança estar no local no momento do ocorrido, mas essa hipótese foi descartada nas primeiras apurações. O homem apareceu no hotel apenas depois da queda e, abalado, chegou a ameaçar se jogar do prédio, sendo contido por pessoas que estavam na área.>
A PM atendeu a ocorrência por volta das 15h30, e o caso segue em investigação.>
Busque ajuda>
Se você ou alguém próximo apresenta sinais de sofrimento emocional, pensamentos suicidas ou comportamento de risco, é essencial buscar ajuda imediata. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional gratuito e sigiloso, 24 horas por dia, pelo telefone 188, além de chat e e-mail no site oficial. Procurar atendimento em serviços de saúde, como Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e hospitais, também é fundamental em situações de urgência. Falar com pessoas de confiança, familiares ou amigos pode ser um passo importante para quebrar o isolamento. Sinais de alerta nunca devem ser ignorados - pedir ajuda é um ato de coragem e pode salvar vidas.>