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Mãe e padrasto confessam que mataram menina e concretaram corpo no quintal: 'Ela atrapalhava'

Criança de 5 anos era constantemente agredida pelo casal, segundo investigação

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 15 de outubro de 2025 às 08:07

Maria Clara Aguirre Lisboa
Maria Clara Aguirre Lisboa Crédito: Reprodução

O corpo da menina Maria Clara Aguirre Lisboa, de cinco anos, foi encontrado concretado no quintal da casa onde morava com a mãe e o padrasto, em Itapetininga (SP). Já em decomposição, o cadáver estava enterrado em uma cova rasa e coberto por concreto. A Polícia Civil afirma que a mãe, Luiza Aguirre Barbosa da Silva, e o companheiro dela, Rodrigo Ribeiro Machado, confessaram ter matado a criança e tentar esconder o crime. 

De acordo com o delegado Franco Augusto, responsável pelas investigações, o casal levou cerca de dois dias para enterrar o corpo nos fundos do imóvel. “Eles concretaram o local para ocultar o crime”, disse o delegado ao portal G1. Os dois foram presos temporariamente e deverão responder por homicídio e ocultação de cadáver.

Corpo de Maria Clara foi enterrado e concretado no quintal por Reprodução

As investigações apontam que Maria Clara era vítima de agressões constantes. Segundo a polícia, Rodrigo, que já tinha passagens criminais, submetia a menina e a própria mãe a violência física e psicológica. Durante o depoimento, o casal admitiu que a criança “atrapalhava” a vida deles e que descontavam nela a raiva e as frustrações do dia a dia.

Uma rebitadeira, ferramenta que teria sido usada nas agressões, foi apreendida na casa. Peritos identificaram manchas de sangue no objeto. O corpo da menina, encontrado na terça-feira (14), estava enterrado havia cerca de 20 dias, segundo estimativas da perícia.

O caso começou a ser investigado após uma denúncia feita pela avó paterna ao Conselho Tutelar, relatando o desaparecimento da neta. No início, a polícia não trabalhava com a hipótese de homicídio. Agora, além do casal, os pais de Rodrigo também são investigados, já que são proprietários do imóvel onde o corpo foi localizado.

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