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Esther Morais
Publicado em 15 de outubro de 2025 às 09:46
O governo federal colocou em consulta pública uma proposta que promete mudar de vez o processo para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A principal novidade é o fim da obrigatoriedade de aulas em autoescolas - medida que, segundo o Ministério dos Transportes, pode reduzir o custo da habilitação em até 80%. >
A ideia é dar mais liberdade ao candidato, que poderá escolher como estudar e se preparar para os exames teórico e prático, que continuam obrigatórios. O texto da proposta está disponível na plataforma Participa + Brasil até o dia 3 de novembro, e qualquer cidadão pode enviar sugestões.>
Enquanto o novo modelo ainda está em fase de discussão, o Correio reuniu as 10 principais dúvidas sobre a “CNH sem autoescola” para você entender o que pode mudar.>
O projeto do Ministério dos Transportes propõe que o candidato à habilitação não precise mais frequentar obrigatoriamente as aulas em autoescolas. Ele poderá escolher se quer estudar por conta própria, fazer curso online ou presencial, em empresas credenciadas ou na própria Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).>
Sim. Tanto o exame teórico quanto o prático continuam sendo exigidos. A diferença é que o candidato poderá escolher como se preparar para eles.>
Deve diminuir bastante. O Ministério dos Transportes estima que o custo, que hoje chega a R$ 3,2 mil, caia em até 80%. Isso acontece porque o candidato poderá dispensar aulas presenciais obrigatórias e escolher opções mais baratas, inclusive digitais.>
Veja os valores para CNH na categoria A/B em auto escolas consultadas pelo CORREIO*
Sim. As aulas práticas continuam disponíveis, mas deixam de ter carga horária mínima de 20 horas. O aluno poderá contratar uma autoescola ou um instrutor autônomo credenciado pelo Detran, conforme sua necessidade e orçamento.>
Elas continuam existindo e poderão oferecer cursos presenciais ou online. A diferença é que deixam de ser o único caminho possível para obter a CNH. O governo afirma que os Centros de Formação de Condutores (CFCs) passam a atuar de forma mais flexível e competitiva.>
A abertura do processo poderá ser feita online, pelo site da Senatran ou pelo aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT). O acompanhamento das etapas também será digital.>
Sim. As mudanças abrangem principalmente as categorias A (moto) e B (carro), mas o governo também quer simplificar o processo das categorias C, D e E, voltadas para caminhoneiros e motoristas de transporte coletivo.>
Serão profissionais credenciados pelos Detrans, com cursos de formação e avaliação digital. Eles poderão oferecer aulas práticas de forma independente, com controle e registro feitos pela Carteira Digital de Trânsito.>
Por enquanto, a proposta está em consulta pública até o dia 3 de novembro. Depois, será analisada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Se aprovada, pode começar a valer em 2026, após um período de adaptação dos Detrans e autoescolas.>