Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
 
Elaine Sanoli
Publicado em 30 de outubro de 2025 às 18:20
 
Morta durante a megaoperação da polícia carioca nos complexos do Alemão e da Penha, na última terça-feira (28), a “Japinha do CV” é descrita como uma das soldadas do Comando Vermelho (CV), com atuação na linha de frente do grupo criminoso. A jovem foi atingida por um disparo de fuzil no rosto durante o confronto. >
O cientista social e pesquisador de Segurança, Violência e Justiça da Universidade Federal do ABC (UFABC), Joel Paviotti, caracteriza Penélope como uma das principais seguranças do traficante Doca da Penha, nome pelo qual é conhecido Edgar Alves Andrade, apontado como um dos chefes do Comando Vermelho. Ela possuía habilidades estratégicas para atuar em regiões de mata e também trabalhava como segurança em alguns dos pontos de venda de drogas.>
Japinha do CV
"Ela tem fotos com armas e roupas camufladas, então era uma soldada de primeira hora do Doca", afirma. Imagens que circulam nas redes sociais mostram Penélope após ser baleada durante o confronto. Ela vestia roupas camufladas e um colete tático e teria reagido à abordagem, o que causou uma troca de tiros. Momentos antes, ela trocou mensagens com uma amiga, por volta das 9h, enquanto estava dentro da mata, e revelou que estava no meio de um tiroteio para evitar a chegada da polícia. Penélope foi atingida por um disparo de fuzil no rosto.>
Japinha do CV trocou mensagens com amiga antes de morrer
Segundo o pesquisador, pessoas que conheciam a “Japinha do CV” a caracterizavam como uma pessoa "bem cruel", chamada "quando precisavam dar um susto em alguém ou uma lição".>
"As pessoas dizem que ela era de exposição e era extremamente linha de frente. Era uma jovem que não tinha tanto tempo no mundo do crime, tinha cerca de 18 ou 19 anos, mas já era bastante conhecida, não só na Penha como também no Complexo do Alemão e em muitos outros lugares", reforçou.>
Nas redes sociais, a “Japinha do CV” aparecia em fotos portando armas e usando roupas camufladas, raramente mostrando o rosto. De acordo com o portal Metrópoles, a jovem era responsável por coordenar rotas de fuga do CV e atuava na proteção de pontos estratégicos do grupo. Por essa atuação, teria conquistado a confiança de lideranças do alto escalão da facção.>
 
 
 
