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Elaine Sanoli
Publicado em 29 de outubro de 2025 às 17:42
Durante a megaoperação policial que terminou com pelo menos 119 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, na capital fluminense, a traficante identificada apenas como Penélope foi morta com um tiro de fuzil na cabeça. A ação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (28) pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro. Até o momento, foram registrados 113 presos, dez adolescentes apreendidos e ao menos 15 policiais feridos.>
Penélope era integrante da facção criminosa Comando Vermelho (CV), alvo da operação. Entre os comparsas, era conhecida como “Japinha do CV” ou “Musa do Crime”, segundo informações do G1. Nas redes sociais, ela aparecia em fotos portando armas e usando roupas camufladas, raramente mostrando o rosto.>
Japinha do CV
De acordo com o portal Metrópoles, a jovem era responsável por coordenar rotas de fuga do CV e atuava na proteção de pontos estratégicos do grupo. Por essa atuação, teria conquistado a confiança de lideranças do alto escalão da facção.>
Imagens que circulam nas redes sociais mostram Penélope após ser baleada durante o confronto. Ela vestia roupas camufladas e um colete tático e, segundo a polícia, teria reagido à abordagem, o que causou uma troca de tiros. Foi atingida por um disparo de fuzil no rosto.>
Segundo a Polícia Civil, a operação foi resultado de mais de um ano de investigação. Mandados de busca, apreensão e prisão foram expedidos pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). A ação contou com apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e teve como objetivo principal prender lideranças criminosas e conter a expansão territorial do Comando Vermelho no estado e em outras regiões.>
Os complexos do Alemão e da Penha abrigam 26 comunidades sob domínio da facção.>