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Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2018 às 17:06
- Atualizado há 2 anos
Um motorista de aplicativo foi condenado a 10 anos de prisão, na última terça (18), por causa de um estupro a uma passageira, segundo o G1. O caso ocorreu em fevereiro do ano passado, em Porto Alegre.>
A denúncia aconteceu na madrugada de 24 de fevereiro. De acordo com ela, a passageira estava embriaga quando chamou o motorista pelo aplicativo Cabify. Ao chegar em casa, ele a levou até o quarto, onde a estuprou.>
A jovem só percebeu o ocorrido no dia seguinte, quando acordou, viu os hematomas no corpo e lembrou do fato. O motorista também roubou o celular da vítima e, segundo a denúncia, exigiu 50 reais para devolver o aparelho.>
O motorista também ameaçou a vítima e os pais dela para não realizarem a denúncia. Ele afirmava que era casado, pai de dois filhos e que uma eventual denúncia acabaria o prejudicando.>
A versão apresentada pelo motorista é de que, durante o trajeto, a passageira teria demonstrado interesse nele. Ao chegar em casa, ela teria tirado a roupa e pedido "um beijo de despedida" a ele.>
Na decisão, o juiz José Luiz John dos Santos, entendeu que a versão do réu não bate com a das testemunhas e com os laudos da perícia. Conforme o magistrado, ficou comprovado que a vítima teve a capacidade de reação anulada, por embriaguez completa, a ponto de ter de ser conduzida pelos segurança do estabelecimento até a calçada, precisar da ajuda dos amigos para desbloquear o celular, chamar o carro e deitar no banco traseiro.>
O crime é tipificado como estupro de vulnerável, pelo fato de ter sido praticado contra uma pessoa sem condições de resistir. A pena prevê regime inicial fechado, mas o réu ainda pode apelar em liberdade.>
Em nota, a Cabify lamenta o ocorrido. "A empresa reforça que bloqueou o motorista parceiro ao tomar conhecimento do caso, prestou esclarecimentos e auxiliou a passageira na recuperação do celular. A empresa acredita que todos têm o direito de ir e vir em um ambiente seguro e repudia qualquer tipo de violência em relação aos passageiros e motoristas parceiros - independente do gênero, raça, credo, sexualidade. Além disso, a empresa sempre está à disposição das autoridades locais no sentido de auxiliar em quaisquer investigações", diz o texto, que ainda destaca que a empresa "sempre realizou um processo rigoroso para o cadastramento de motoristas parceiros, que inclui a verificação de documentos como a certidão de antecedentes criminais atualizada no âmbito estadual e federal, além de realizar conferência de documentos e exame toxicológico".>