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Mulher indígena é presa com homens por 9 meses e relata estupros de policiais enquanto amamentava

Vítima relatou ter sido ameaçada caso denunciasse os abusos

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 18 de julho de 2025 às 19:18

Delegacia de Santo Antônio do Içá
Delegacia de Santo Antônio do Içá Crédito: SSP-AM

Um mulher indígena da etnia Kokama passou nove meses em uma cela masculina na delegacia de Santo Antônio do Içá (AM), localizada a cerca de 800 km de Manaus. Ela acusa cinco policiais militares e um guarda municipal de cometer estupros sistemáticos contra ela, inclusive enquanto amamentava seu bebê, tudo isso sob ameaças de represálias caso denunciasse. O caso foi relatado pela vítima ao portal Sumaúma.

A mulher, que não foi identificada, cumpria prisão domiciliar após ser condenada por homicídio em 2022. Ela foi detida de surpresa no final daquele ano após uma suposta denúncia de violência doméstica feita por uma vizinha. Na ocasião, ela foi levada para a delegacia de Santo Antônio do Içá (AM), onde ficou presa por nove meses. No local, não eram respeitadas as normas básicas de custódia e ela dividiu a cela com homens.

Foi lá que ela relatou à revista ter sido vítima de agressões sexuais pelos agentes. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou fissura anal e hematomas compatíveis com estupro. A mulher fez alertas médicos e pedido de transferência, que foram ignorados até julho de 2023.

Só no dia 28 de agosto de 2023, uma semana após o último estupro relatado, ela foi finalmente transferida para uma prisão feminina. Agora, ela segue encarcerada em Manaus e sua defesa busca uma indenização. Inicialmente, ela pediu R$ 500 mil, que foram rejeitados pelo governo do estado, que fez uma contraproposta de R$ 30 mil e R$ 50 mil, mas não há acordo até o momento.

Santo Antônio do Içá por Wikipedia