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Yan Inácio
Publicado em 6 de agosto de 2025 às 20:24
Uma mulher, vítima de violência doméstica, usou um código para denunciar as agressões que sofria em casa. Ela ligou para a polícia e pediu uma “dipirona” como pedido de socorro e foi atendida pelos agentes. O áudio da ligação foi divulgado pela Polícia Militar de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, nesta terça-feira (5), como parte da campanha “Agosto Lilás”, mês de conscientização e enfrentamento à violência doméstica. >
Na ligação, a mulher disse que precisava de uma dipirona. Inicialmente, o atendente pensou se tratar de um trote, mas ao perceber a denúncia, fez perguntas disfarçadas para entender a situação. Veja um trecho do diálogo:>
“A senhora confirma aí, se for positivo a informação, a senhora fala dipirona novamente. É seu marido?", questionou o policial. "Sim, é a dipirona, sim", respondeu a mulher. "Agora fala a intensidade da agressividade aí, 10 miligramas, 20 miligramas ou 30 miligramas. Qual é a intensidade da agressividade dele?", perguntou o agente. "30", respondeu a vítima.>
A PM informou que o homem foi preso em flagrante e encaminhado para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). Em outro áudio divulgado pela corporação, a mulher agradece o policial pelo atendimento. “Eu liguei para agradecer mesmo. O dia que eu liguei aí e que vocês me atenderam, sendo um atendimento muito rápido. Só agradecer a equipe, muito obrigada por tudo”, disse a vítima.>
Uma denúncia de agressão doméstica com códigos também aconteceu em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, na última quarta-feira (30). Um áudio mostra o momento em que uma mulher, vítima de violência pelo ex-companheiro, pede ajuda, enquanto finge solicitar uma pizza. Em resposta ao "pedido de pizza", o policial orienta a mulher e encaminha uma viatura da 78ª Companhia Independente da PM até o endereço informado.>
Em poucos minutos, a viatura chegou ao local, localizou a vítima em frente ao imóvel e o agressor, que resistiu à prisão, e precisou ser contido com balas de borracha. Ele foi levado para a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) da cidade.>