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Esther Morais
Publicado em 1 de julho de 2025 às 09:30
O caso do adolescente de 14 anos que matou os pais e o irmão de 3 anos em Itaperuna, no noroeste do Rio de Janeiro, chocou o Brasil nos últimos dias. A motivação do crime seria que a família não aceitava o relacionamento do jovem com uma outra menina, de 15 anos, à distância. >
O casal teria se conhecido por meio de jogos na internet e a adolescente teria acompanhado, por meio de uma ligação, o triplo homicídio. Confira o que se sabe sobre o caso: >
O adolescente assassinou o pai, a mãe e o irmão nessa sequência, com tiros na cabeça, com a arma de fogo do próprio pai, que ficava embaixo do colchão da cama, e depois colocou os corpos dos três na cisterna da casa.>
Veja fotos da família
Sim. Antes de revelar o crime, o menino foi à delegacia com a avó para denunciar o desaparecimento da família. Segundo o delegado Carlos Augusto Guimarães, responsável pelo caso, a polícia suspeitou da versão inicial do garoto, que disse que os pais foram levar o irmão a um hospital depois de um suposto engasgo com um caco de vidro. A polícia foi acionada para averiguar a casa da família e encontrou quantidades de sangue incompatíveis com o relato do adolescente. Depois disso, ele confessou o crime. >
A não aceitação de um relacionamento à distância teria motivado os homicídios. No depoimento, ele disse que matou o irmão para que ele não sofresse pela perda dos pais. >
O adolescente deve responder por triplo homicídio duplamente qualificado por impossibilidade de defesa das vítimas, que estavam dormindo no momento do crime, além de motivação fútil. A Justiça decidiu pela internação provisória do jovem. >
A jovem, de 15 anos, foi ouvida na última quinta-feira (26), em Água Boa, no Mato Grosso, onde reside. O depoimento, que foi feito ao lado da mãe e durou cerca de duas horas, será enviado para a Polícia Civil do Rio de Janeiro e fará parte da investigação do caso.>
De acordo com a polícia, os investigadores ficaram impressionados pela “frieza” da garota ao narrar o crime. Ela teria acompanhado a ação em tempo real, conversando com o garoto durante e após os assassinatos cometidos no sábado (21). Segundo o adolescente, os dois se conheceram em 2019, enquanto jogavam jogos online. Na época, ele tinha oito anos e ela, nove. >